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Ciberteologia: discussão sobre a Fé na era da internet

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Brasília (Terça-feira, 13-11-2012, Gaudium Press) A revolução digital influencia de alguma forma nossa fé? Essa pergunta feita pelo padre italiano Antonio Spadaro está respondida em seu livro Ciberteologia, que foi publicado recentemente no Brasil pelas Paulinas.

A tradução do livro para o português surgiu a partir da participação de Spadaro no Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, promovido pelas Comissões para a Juventude e para a Comunicação da CNBB em maio de 2012, em Brasília.A obra já pode ser encontrada em todas as livrarias católicas, ou na internet.

Programas de busca, smartphone, aplicativos, rede social: as recentes tecnologias digitais penetraram com impacto nossa vida diária. Entretanto, não como apenas instrumentos externos a serem usados para simplificar a comunicação e a relação com o mundo: elas, na verdade, desenharam um espaço antropológico novo que está mudando o nosso modo de pensar, de conhecer a realidade e de manter relações humanas.

Será que não se deveria começar a refletir sobre como o Cristianismo deva ser pensado e falado neste novo cenário humano? Talvez seja hora de se considerar a possibilidade de uma “ciberteologia” entendida como uma inteligência da fé (intellectus fidei) no tempo da rede.

A novidade que o livro traz não é simplesmente procurar na rede novos instrumentos para a evangelização ou fazer uma reflexão sociológica a respeito da religiosidade na internet. O originalidade da publicação está em procurar encontrar os pontos de contato e de interação produtiva entre a rede e o pensamento cristão.

Segundo Padre Spadaro, a lógica da rede, com suas poderosas metáforas, proporciona ocasiões inéditas para nossa capacidade de falar de comunhão, dom, transcendência. Por sua vez, o pensamento teológico pode ajudar o homem que frequenta a rede a encontrar novos caminhos em sua trajetória para Deus.

Um território ainda inexplorado no qual o autor de “Ciberteologia” aborda com um pensamento teológico e com competência técnica, e ainda com espírito de confiança na capacidade do Cristianismo e da Igreja de estarem presentes onde o homem desenvolve sua capacidade de conhecimento e relacionamento.

A rede é um contexto em que a fé é chamada a se exprimir não por causa de uma mera “vontade de presença”, mas uma conaturalidade do Cristianismo com a vida do ser humano. O desafio, portanto, não está em como “usar” bem a rede, mas como “viver” bem nos tempos da rede, explica o autor em seu livro. (JS)

Com informações CNBB-Jovens Conectados

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