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Obras do PAC afetam diretamente terras indígenas, afirma bispo do Pará

Indaiatuba (Terça, 28-04-2009, Gaudium Press) 48 obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo Governo Federal) afetam diretamente terras indígenas. É o que afirmou dom Erwin Krautler, bispo do Xingu (PA) e presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) durante a 47ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

O religioso divulgou um texto intitulado “A igreja e os povos indígenas”, em que aponta os principais impactos sociais e ambientais causados em povos e regiões do Norte e Nordeste.

“São projetos de transformação de leitos de rios em hidrovias, de construção de usinas hidrelétricas, de utilização de terras indígenas para passagens de gasodutos, minerodutos e linhas de alta tensão”, diz o texto.

A Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a Hidrelétrica de Estreito, nos Estados do Tocantins e Maranhão, e a transposição das águas do rio São Francisco, na região Nordeste, são algumas das obras financiadas pelo PAC citadas pelo bispo.

Segundo outro levantamento do bispo, há 450 empreendimentos que afetam áreas indígenas – entre obras do PAC e outras financiadas pela iniciativa privada e Estados.

 

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