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“A Páscoa de Jesus é o evento mais importante da fé cristã”, diz bispo de Osório (RS)

Osório (Terça-feira, 17-04-2012, Gaudium Press) “A Páscoa de Jesus é o evento mais importante da fé cristã. Tanto é verdade que, se Jesus não ressuscitou, nossa fé é vazia! Algo muito simples e ao mesmo tempo impressionante: a ressurreição é um evento, é um fato! Quer dizer, aconteceu historicamente”, inicia assim seu mais recente comunicado o arcebispo de Osório, no Rio Grande do Sul, Dom Jaime Kohl.

Relembrando o momento em que algumas discípulas vão ao túmulo de Jesus e lá ficam sabendo que ele ressuscitou, Dom Jaime afirma que ali é o instante em que se opera uma transformação. “Aqueles anos de caminhada com o profeta de Nazaré, suas palavras e gestos, e especialmente os últimos dias vividos em Jerusalém precisam ser revisitados porque ganham outro sentido”, assevera o prelado.

Conforme o arcebispo, tudo aquilo pelo qual Jesus passou nos momentos derradeiros de sua vida, “o medo, a dor, o abandono, a fuga dos amigo, a traição, o sangue, a violência, a cruz, a morte”, o que parecia significar o fim da vida de Jesus, não o é. “São trevas que se inundam de luz”, diz.

“É verdade, Deus visitou o seu povo! E a sua visita é a plenitude das suas promessas: justiça ao fraco maltratado, saúde para os corpos e corações doentes, redistribuição de pão e tudo o mais que uma pessoa precisa para viver bem, humilhação dos potentes… em síntese, um mundo novo com relações novas. O que Jesus viveu se torna realidade vitoriosa: o Reinado de Deus!”, destaca Dom Jaime.

Isto porque, como explica o prelado, a ressurreição de Jesus se torna a confirmação de tudo o que ele pregou. E, conforme Dom Jaime, torna-se até a redenção para os discípulos de Cristo. “Eles que traíram, negaram e fugiram na hora da cruz, tem a possibilidade de retomar a caminhada com Jesus justo lá na Galileia onde tudo começou”, conta.

Contudo, para que a notícia da ressurreição de Jesus seja assentida é necessário a fé. “As discípulas se deixaram transformar pelo que viram e ouviram; os discípulos reconciliados com o Mestre partem da Galileia novamente como corajosos missionários… e cada um de nós precisa experimentar a ressurreição e deixar ela produzir o seu efeito. Ou seja, voltar à Galileia do encontro com Jesus para nos descobrir discípulos e apóstolos”, diz Dom Jaime e acrescenta:

“A Páscoa de Jesus, ao mesmo tempo que é evento histórico, é apelo de fé e adesão; diante dela cada um precisa dar o passo da fé”, acrescentou o arcebispo, para quem o apelo de adesão a o Ressuscitado “continua a falar pela boca dos fracos maltratados, dos excluídos pela concentração dos bens, dos doentes de corpo e coração, dos que vivem crucificados”.

Isto porque, explica o prelado, a ressurreição, que é páscoa, passagem, mudança, êxodo, é, sem dúvida na vida de cada pessoa a “saúde recuperada, perdão dado e recebido, fé redescoberta, partilha das coisas e do tempo, amizade construída ou restabelecida, um trabalho novo, a primeira casa própria, conclusão da faculdade, festa em família, trabalho voluntário, ministério na comunidade, vitória sobre um vício, superação de uma crise conjugal, …”.

Na conclusão de sua mensagem, Dom Jaime afirma que a história de Jesus é uma história aberta, inconclusa, como a história do mundo e a nossa e, dessa maneira, pede para que “juntemos ‘estas histórias’ e deixemos serem fermentadas pela Ressurreição”. Por fim, o prelado diz que se alguém não fez a sua Páscoa, ainda é tempo, já que o templo pascal vai até Pentecostes.

 

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