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O futuro da Igreja e da nação paquistanesa está nas mãos dos leigos

Islamabad (Segunda-feira, 16-04-2012, Gaudium Press) Dom Rufin Anthony, Bispo de Islamabad-Rawalpindi, disse neste final de semana que “na Igreja paquistanesa, o tempo é dos leigos. Podemos contar com a fé profunda e o forte compromisso dos leigos que são o futuro da Igreja e devem fazer parte da classe dirigente do país”

As declarações foram feitas durante uma entrevista à Agência Fides na qual o prelado explica sobre a realidade

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Dom Rufin Anthony enfatiza a participação dos leigos na vida da Igreja do Paquistão

eclesial paquistanesa, imersa num tecido social de maioria muçulmana.

Ele afirmou que “para o cuidado pastoral de 180 mil fiéis que vivem na diocese, no norte da província de Punjab, existem 34 sacerdotes que incentivam movimentos e associações laicais, que contribuem para o crescimento espiritual, a fé, o compromisso eclesial e social dos leigos”.

Nos últimos anos surgiu na diocese o movimento de leigos. “Queremos dar, através destes movimentos, a centralidade da Palavra de Deus na vida das famílias: este é o alfabeto da nossa fé”, disse o Bispo. Ele disse ainda que este é o momento de “enfatizar no trabalho pastoral a corresponsabilidade dos leigos”.

Dom Rufin recordou o tempo em que os missionários evangelizaram este território. “Seu método foi principalmente o da educação, com a criação de muitas escolas. Hoje, é urgente continuar este trabalho no campo da formação e educação, para que os cristãos possam fazer parte da classe dirigente do país. Por isso, é importante focalizar os leigos”.

No Paquistão os cristãos pertencem a camadas pobres e excluídas. Eles fazem os trabalhos mais humildes e lutam para sobreviver: é possível dar-lhes dignidade somente através do instrumento fundamental da educação.

Dom Anthony disse estar otimista nas relações com os muçulmanos: as famílias cristãs na verdade, “possuem boas relações com as famílias muçulmanas e esta é a base para uma coexistência pacífica na sociedade. Não obstante a formação e a fé diferente, existe o ponto de vista comum em fazer todos parte da família humana e no respeito pela dignidade humana”.

 

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