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“Foi por amor que Jesus deu a sua vida”, diz o arcebispo de Maringá

Maringá (Sexta-Feira, 13/04/2012, Gaudium Press) “Ressurreição e suborno” é o título do último artigo de Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, em que ele fala sobre a mais importante festa do calendário litúrgico para os cristãos: a Festa da Páscoa do Senhor.

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Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá
  

O prelado inicia o texto lembrando o trecho do Evangelho de São Mateus em que ele narra que “depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver a sepultura”. Segundo ele, no modo de contar judaico, o sábado fechava a semana e começava a nova semana, e este primeiro dia, graças à ressurreição de Cristo, para os cristãos, tornou-se o “Dia do Senhor”; em latim “Dies Domine”; em português, “Domingo”.

Dom Anuar recorda ainda que quem dá a notícia às mulheres é o anjo: “Então o anjo disse às mulheres: Não tenham medo; eu sei que vocês estão procurando Jesus que foi crucificado. Ele não está aqui, Ressuscitou como havia dito” (Mt 28, 5). “As mulheres saíram depressa do túmulo; estavam com medo, mas correram com muita alegria para dar a notícia aos discípulos” (Mt 28, 8).

Ele explica também que o domingo de Páscoa é a festa mais importante do calendário litúrgico para os cristãos. “Não há solenidade maior que a Ressurreição de Cristo. Neste dia, celebramos a vitória da vida sobre a morte. Com a Sua ressurreição, o Cristo crucificado vence a dor, o sofrimento, a humilhação, a angústia e a própria morte. O luto se transforma em festa; a dor em alegria; o sofrimento em esperança; a angústia em glória”, destaca.

O arcebispo cita ainda o apóstolo Paulo, que afirma categoricamente: “Se Cristo não tivesse ressuscitado, inútil seria a nossa fé” (cf. 1Cor 15,17). Dom Anuar afirma que a cruz é o trono; o grito é salvação; o sangue e a água são a vida plena; o Salvador é Jesus, e é por isso tudo que a fé no ressuscitado não pode ser apenas louvor e glória, mas também cruz, grito, sangue, dor, e salvação.

No entanto, naquele dia, diante da revolucionária notícia, dom Anuar ressalta que as autoridades que viam o fracasso de suas artimanhas para manter as máscaras da corrupção diante do povo, inventam uma mentira, e a primeira atitude é o suborno.

O evangelho segundo São Mateus – aliás, o único evangelista que relata esse fato – nos diz: “Enquanto as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido. Os chefes dos sacerdotes se reuniram com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados dizendo-lhes: Digam que os discípulos dele foram durante a noite, e roubaram o corpo enquanto vocês dormiam. E se o governador ficar sabendo nós o convenceremos. Assim tal boato se espalhou entre os judeus, até o dia de hoje” (Mt 28,11-15).

Por fim, o arcebispo diz que não é de hoje que a inconsistência humana, a duplicidade de atitudes, o sistema da mentira, a corrupção vergonhosa está instalada no coração humano, e é sempre a elite, principalmente a elite política, que inventa esquemas, tramando em beneficio próprio.

“Tenho certeza de que tudo isso também faz parte do plano de salvação. Jesus morreu e ressuscitou por amor a todos, e foi por amor que deu a vida para instalar definitivamente o seu Reino em nós e nas estruturas de poder. Reino que está a serviço da justiça. Reino que privilegia a solidariedade, que se fundamenta na esperança autêntica. Reino cuja força é o amor e paz”, conclui. (FB)

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