Religiosa mexicana pede que conterrâneos sejam “coerentes com o presente de fé que mártires doaram ao país”
Roma (Quarta-feira, 11-04-2012, Gaudium Press) Em uma entrevista para a EWTN Notícias, rede de televisão católica, a religiosa mexicana, residente em Roma, Lourdes Várguez García, contou a história de seu avô, Romualdo Várguez Gamboa, que foi um dos muitos católicos perseguidos no México por professar sua fé. Neste sentido, ela pediu aos seus conterrâneos para serem “coerentes com o presente de fé que estes mártires doaram à sociedade de seu país”.
Lourdes é neta de Romulado Várguez Gamboa, que foi perseguido por ser católico no início do século XX |
Conforme a religiosa, no período entre 1917 e 1925, a Igreja Católica Mexicana viveu uma das etapas mais difíceis de sua história, tendo o seus fiéis constantemente perseguidos e presos. Lourdes conta que neste período o governo proibiu qualquer tipo de manifestação o celebração religiosa, fechou todas as igrejas e castigou todos aqueles que participavam da celebração de culto religioso.
Lourdes contou que seu avô, católica praticante, foi detido em três ocasiões, teve sua casa destruída e chegou até a ser torturado com descargas elétricas. Segundo a religiosa, seu avô, junto com alguns amigos, foi torturado por ser membro da Ação Católica Mexicana. “Era para que dessem nomes, para que dissessem coisas, mas eles não o fizeram. É o bonito da juventude, quando um é fiel a certos ideais e, sobretudo, mais à fé. Ele nunca disseram nada”, declarou.
A religiosa relatou também que seu avô, Romualdo, foi a prisão por convocar celebrações clandestinas em casas particulares. Outras funções exercidas por Romualdo e que desafiavam a polícia da época eram a catequese clandestina, já que as paróquias estavam fechadas, e a ajuda a sacerdotes para que não fosse descobertos e pudesse administrar o sacramento sem problemas.
Continuando a contar a história de seu avô, a religiosa contou que ele sobreviveu a perseguição, casou-se com Bertha Sansores, tiveram 10 filhos, e seguiu sendo missionário. “Me avo com minha vozinha viveram juntos sua fé e a transmitiram a seus filhos que na liberdade de cada um abraçaram o amor de Deus e sua presença em suas vida”, relatou.
Lourdes destacou ainda a imagem passada por seu pai a respeito de Romualdo. “Para meu pai, o testemunho de seu pai, sua ação missionária, o amor de sua mãe até os filhos… todo isso para ele foi também uma força e uma maneira de animá-lo a comprometer-se na fé. E eu hoje, graças a meu papai e minha mãe, ambos crentes e comprometidos, posso me dar sim, intento me dar sim em fidelidade e agradecimento.
“Em minha história de fé, há outras histórias de fé, há sangue e martírio, porque minha fé vem deste momento e de outros momento, minha fé como mexicana é também fruto destas mulheres e homens, crianças e jovens, e sacerdotes como Miguel Augustín Pro- assassinado durante a perseguição-“, concluiu.
Lourdes é atualmente religiosa pertencente à Congregação Jesus-Maria, situada em Roma.
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