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“A vida de Santa Clara de Assis motiva os jovens a descobrir a verdadeira alegria”, diz Bento XVI

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 04-04-2012, Gaudium Press) O Papa Bento XVI enviou, no último domingo, 1º de abril, uma carta ao bispo de Assis, na Itália, Dom Domenico Sorrentino, por ocasião do Jubileu que comemora os 800 anos da consagração de Santa Clara. O pontífice escolheu a data por uma antiga tradição clarissa que identifica o Domingo de Ramos como o dia da Consagração da santa. A vida de Santa Clara foi destacada pelo Santo Padre como uma mensagem que atrai “também a nossa geração e tem um encanto especial para os jovens”.

Para o Papa, a consagração de Clara completou “de uma forma feminina” a graça da conversão de São Francisco de Assis, ocorrida um seis anos antes. Assim havia predito o nascimento e o desenvolvimento de uma ordem feminina, inclusive antes da sua própria e cultivou a vocação da jovem. Nela, segundo o Santo Padre, se escondia “o germe de uma nova fraternidade, a Ordem Clarissa, que, convertida em árvore robusta, no silêncio fecundo dos claustros continua espalhando a boa semente do Evangelho e o serviço à causa do Reino de Deus”.

A orientação de São Francisco a levou a conhecer, sendo uma bonita jovem, “uma beleza superior, que não se mede pelo espelho da vaidade, mas que se desenvolve em uma vida de amor genuíno, nas pegadas de Cristo crucificado”, explicou Bento XVI. “Deus é a verdadeira beleza” foi o centro de seu descobrimento, que mudaria o projeto de vida da santa. “O coração de Clara se iluminou com este esplendor, e isto lhe deu a coragem para cortar seu cabelo e começar uma vida de penitência”, anotou o pontífice.

Bento XVI destacou a profunda significação da data escolhida pela Santa para sua entrega a Deus. Sua fuga do mundo e das comodidades de seu lar tem lugar no Domingo de Ramos e a obriga a participar da morte e da ressurreição de Cristo. “Clara, com sua eleição, revive o mistério” comentou o Santo Padre em sua missiva. “No Domingo de Ramos recebe, por assim dizer, o programa. Em seguida, entra no drama da Paixão renunciando a seu cabelo e, com isto, renunciando a si mesma para ser a esposa de Cristo na humildade e na pobreza”.

Nas palavras do Papa, a consagração de Santa Clara é “uma conversão ao amor” de quem já não se veste com roupas fina, mas sim com uma alma adornada pelo louvor a Deus pela profunda união eucarística. “No contexto de profunda fé e de grande humanidade, Clara é uma intérprete segura do ideal franciscano, pedindo o privilégio da pobreza, ou seja, a renúncia da propriedade dos bens, inclusive de forma comunitária, que deixou perplexo mesmo o sumo pontífice, que finalmente se rendeu ao heroísmo de sua santidade”, afirmou o Santo Padre.

“Como não propor Clara, como Francisco, à atenção dos jovens de hoje”, exortou o Santo Padre, assinalando também que a passagem dos séculos não diminuiu o atrativo da mensagem. “Ao contrário, pode ver sua atualidade ao confrontá-lo com as ilusões e desilusões que frequentemente marcam a condição dos jovens de hoje”. Para o Papa, a juventude necessita descobrir esta vocação em um entorno permissivo, onde as ânsias de felicidade se encaminham erradamente a “paraísos artificiais, como as drogas e a sensualidade desenfreada”.

“A história de Clara, junto com a de Francisco é um convite para refletir sobre o significado da existência e buscar em Deus o segredo da verdadeira alegria. É uma evidência concreta de que qualquer um que faça a vontade do Senhor e confie nele não só não perde nada, como encontra o verdadeiro tesouro que é capaz de dar sentido a tudo”, concluiu o pontífice.

 

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