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A migração é uma oportunidade para a Nova Evangelização: Dom Silvano Tomasi

Roma (Quinta-feira, 15-03-2012, Gaudium Press) “A Migração tem um valor humano e traz benefícios econômicos, mas também tem um valor espiritual e pastoral, como vemos desde o início da história da Igreja”, declarou Dom Silvano Tomasi em entrevista para a Rádio Vaticano.

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Dom Silvano Tomasi

O arcebispo e Observador Permanente da Santa Sé diante das Nações Unidas referiu-se ao aumento das migrações e explicou que a Igreja tem uma visão positiva desta realidade, que ademais converte-se em uma oportunidade para recordar o caráter missionário da Igreja. Dom Tomasi anunciou alguns dos benefícios humanos das migrações, que podem escurecer-se pelos inconvenientes imediatos que acarretam: “No longo prazo, está comprovado que as migrações são boas para os migrantes, para seus países de origem e, sobretudo, para o país que os recebe. Eles contribuem com seu trabalho, sua inteligência, seus talentos e se convertem em cidadãos muito produtivos”.

A Igreja conhece esta realidade, e além disso descobre outros valores mais transcendentes. O valor espiritual descobre-se com facilidade na história da Igreja migrante e missionária.

“Os primeiros cristãos, ao serem perseguidos, tiveram que formar novas comunidades”, recordou Dom Tomasi.
Hoje sucede o mesmo em muitas partes do mundo. “Milhares de cristãos filipinos devem migrar a outros estados no Golfo” e formam comunidades cristãs em outros países onde não haviam crentes. Em Catar, expõe Dom Tomasi, “agora há uma paróquia com umas 3000 pessoas que acodem à Missa Dominical”.

Esta realidade experimenta-se em uma via dupla, segundo assinalou Dom Tomasi. Em um primeiro caso, como o exposto em Catar, “os migrantes viajam e extendem a fé”, mas em outros casos, os migrantes não são crentes e viajam a países de tradição católica. Para o prelado, esta é uma experiência muito enriquecedora, já que “a missão chega a nós” e nos recorda “que somos uma Igreja Missionária”. O testemunho de nossa vida no cotidiano converte-se em missão e nos faz responsáveis de “mostrar nossa relligião como uma opção para ser escolhida livremente”, concluiu o prelado.

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