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Baronesa Warsi: “A Europa deve ter mais confiança em seu Cristianismo”

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 15-02-2012, Gaudium Press) Na tarde de ontem, dia 14, em discurso na Pontifícia Academia Eclesiástica e ao Corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé – por ocasião da visita oficial ao Vaticano da importante delegação ministerial do Reino Unido por ela liderada – a baronesa britânica Sayeeda Warsi afirmou que “para poder promover a harmonia social” as pessoas “precisam sentir-se mais fortes em sua identidade religiosa, mais seguras de sua fé” e “a Europa deve ter mais confiança em seu Cristianismo”. Isso significa que “os indivíduos não devem diluir a própria fé” e “as nações não devem negar seu patrimônio religioso”.

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Foto: Ben Stansall/AFP

Warsi, nasceu no Reino Unido e seus pais eram paquistaneses. É muçulmana, e hoje está “a serviço de um País cristão”. Ela lembrou que a sociedade, a cultura e os valores da Europa “derivam” há “séculos do Cristianismo”, e alertou para os riscos relacionados com a tentativa, defendida por um terminado “secularismo militante”, de “cancelar a religião da área pública” na Grã-Bretanha e na Europa, como denunciou em 2010 Bento XVI em seu discurso na Westminster Hall.

No início de seu discurso a representante do Governo Britânico destacou o “amplo alcance mundial” da Santa Sé – apesar de ser “o menor estado do mundo” -, os 30 anos do restabelecimento das plenas relações diplomáticas entre a Santa Sé e o Reino Unido, que se comemoram este ano, esperando uma cada vez mais estreita colaboração recíproca, e a viagem do Papa, “histórica e inesquecível”.

A Baronesa ainda sublinhou em seu discurso que “os políticos devem dar à fé um lugar na mesa da vida pública” pela contribuição que ela pode oferecer na “avaliação dos problemas de hoje”.

Em sua saudação de abertura, o Presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica, Dom Beniamino Stella, lembrou que a instituição prepara sacerdotes de várias nacionalidades ao serviço da Santa Sé, em seus setores de governo central ou nas Representações pontifícias no mundo. Após ter ilustrado as tarefas a que serão chamados os futuros diplomatas, observou: “Muitas vezes somos surpreendidos pela complexidade do mundo de hoje” e “não somos isentos das dificuldades e dos medos devidos, por exemplo, ao aumento da violência, da crise econômica que tem suas raízes” no “obscurecimento da consciência”.

Ulterior desafio, “o imperativo” da necessidade de falar “uma linguagem ética que a sociedade de hoje, marcada pelo relativismo moral, tem dificuldade em aceitar e mais ainda em viver”. Entre os presentes o Arcebispo de Westminster, Dom Vincent Nichols.

Com informações da Rádio Vaticano.

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