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Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia pede o fim da guerra armada

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Dom Rubém Salazar em seu discurso de abertura da Assembléia Anual dos Bispos da Colômbia

Bogotá (Quarta-feira, 08-02-2011, Gaudium Press) Durante seu discurso na abertura da Assembléia Anual dos Bispos da Colômbia, o presidente da Conferência Espicopal Colombiana e Arcebispo de Bogotá, Dom Rubén Salazar Goméz afirmou que “as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) não são mais um grupo político, mas um bando de terroristas”. O prelado também pediu para que os ataques terroristas acabem evitando novas vítimas entre pessoas inocentes.

Dom Rubén Salazar disse também que “o país não resiste mais a tanta dor, tantas lágrimas e tantos mortos inocentes” e acrescentou: “sabemos que existem muitos problemas sociais, mas o modo de resolvê-los não é a violência”.

O prelado recordou os ataques promovidos pelas Farc na semana passada quando uma moto-bomba foi detonada provocando a morte de 18 pessoas e mais de 100 feridos. O Arcebispo disse que “a guerillha sofre de um grande desespero e quer chamar a atenção depois de ter recebido duros golpes com a morte de Mono Jojoy e Alfonso Cano. Estes são caprichos das Farc e as únicas vítimas são os habitantes do país e o povo inocente”.

Até o próximo dia 10, cerca de 90 bispos da Colômbia estão reunidos em assembléia em Bogotá para analisar a realidade nacional e eclesial, além de promover iniciativas de intervenção adequadas. Dom Salazar disse que “vivemos em uma sociedade com um conflito crônico, enraizado em muitos eventos e situações que em toda a nossa longa história criaram uma sociedade desigual, com elementos altamente inquietadores de injustiça estrutural”.

O Arcebispo de Bogotá foi ainda mais contundente afirmando que “o Estado é frágil, sem presença efetiva em todo o território nacional, e isso permitiu às forças criminosas de se apropriar de grande parte do país e impor sua lei a ferro e fogo. A atuação de leis relativas à indenização das vítimas e a restituição das terras aos desalojados, nos revelou o mapa terrificante de milhões de pessoas que, por vários motivos, foram vítimas de abusos”.

O presidente da Conferência Episcopal da Colômbia declarou ainda que se trata de “procurar, com a ajuda de todos, os caminhos para superar o conflito social e até mesmo encontrar maneiras de negociar com a insurreição armada, para colocar um fim a sua guerra insensata e contribuir na construção comum de um país mais justo, mais fraterno e com mais solidariedade”. (LB)

 

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