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Postulador da Causa de Canonização do Beato João Paulo II fala sobre o sentido do perdão

Bogotá (Terça-feira, 24-01-2012, Gaudium Press) No dia 20 de janeiro, marco da peregrinação da Relíquia do Beato João Paulo II -que se desenvolveu na Colômbia nas cidades de Bogotá e Cartago entre os dias 19 a 22 de janeiro-, o Postulador da Causa de Canonização do Papa Wojtyla, Monsenhor Slawomir Oder, falou sobre o sentido do perdão, a justiça e a reconciliação em um encontro com vítimas da violência que teve lugar na Catedral Primaz da Colômbia, antes da celebração da Santa Missa em homenagem ao Beato Papa.

Em sua meditação, Monsenhor Oder -recordando parte da última mensagem para a Jornada Mundial pela Paz escrita pelo Beato Papa em 1º de janeiro de 2005- assinala que o “compromisso cristão para levar a reconciliação e a paz a todos os povos é um dever moral e religioso”, agregando que estas palavras do Pontífice “ressoam como convite a caridade heróica e a firme esperança”.

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Monsenhor Oder é o Postulador da Causa
de Canonização do Beato João Paulo II

Quanto a estes dois aspectos -a caridade e a esperança- Mons. Oder também retoma parte da mensagem pela paz do Santo Padre expressando que apesar dos “pecados pessoais e sociais que condicionam a atuação humana, a esperança dá sempre novo impulso ao compromisso pela justiça e a paz, junto com uma firme confiança na possibilidade de construir um mundo melhor”. Também acrescenta que o mundo de hoje “tem urgente necessidade” de caridade e de esperança.

Igualmente, em sua meditação faz referência sobre a principal tarefa de todas as pessoas de boa vontade: “Penso que precisamente a educação ao respeito pela vida em qualquer circunstância e a capacidade de reconhecer e promover a unidade do gênero humano, constituam uma das principais tarefas de todas as pessoas de boa vontade, individualmente e organizadas em distintas formas de associação, para que a luta contra todas as formas do mal organizado possa resultar eficaz”.

Por outro lado, abordando o tema da dignidade humana -a que o Beato Santo Padre fez referência na Mensagem da “Jornada Mundial da Paz de 1997”-, Monsenhor Oder recorda que são diversos os fatores que podem favorecer o restabelecimento da paz “salvaguardando as exigências da justiça e da dignidade humana”.

“Não poderá empreender-se nunca um processo de paz se não se desenvolver nos homens uma atitude de perdão sincero. Sem este perdão, as feridas continuam sangrando, alimentando nas gerações futuras um cansaço sem fim, que é fonte de vingança e causa de novas ruínas”, acrescenta o prelado retomando as palavras do Pontífice.

Uma especial menção sobre o que significa o gesto de perdoar também faz Monsenhor Oder, assinalando que esta expressão, particularmente testemunhada pela Papa João Paulo II após o atentado que sofreu em 13 de maio de 1981, em uma carta aberta do Santo Padre que dirigiu à Ali Agca, “é a primeira e fundamental condição para que nós, homens, não estejamos reciprocamente divididos e brigados uns com os outros, como inimigos. Para que busquemos em Deus, que é nosso Pai, o entendimento e a união”.

A esse respeito também expôs que o Papa considerava o perdão como “um gesto fundamental para a edificação das relações entre os homens, determinante para o futuro do gênero humano”.

Culminando sua meditação, Monsenhor Oder encomendou às famílias presentes e suas atividades a intercessão do Beato João Paulo II, e orou para que todos sejam testemunhas trabalhadoras e gestores ‘artífices da paz’, partícipes da bem-aventurança do ‘Evangelho da paz'”.

Por Sonia Trujillo.

 

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