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“Legalizar o aborto é tergiversar o valor essencial do direito à vida”, afirma presidente do Episcopado peruano

Lima (Sexta-feira, 18-11-2011, Gaudium Press) “A Igreja tem considerado sempre o feto como o que ele é, alguém sagrado, e reconhece que tem alma desde o mesmo instante da concepção”, expressou o presidente da Conferência Episcopal Peruana e arcebispo de Trujillo, no Peru, Dom Miguel Cabrejos Vidarte, em um comunicado emitido na quarta-feira, 16, pelo Serviço Informativo Semanal do Episcopado peruano. A nota foi redigida após as diversas discussões sobre a legalização do aborto que vêm acontecendo em alguns países nos últimos tempos.

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Segundo Dom Cabrejos nehuma circunstância, por dramática que seja, pode justificar o aborto

Na mensagem, que leva o título “Legalizar o aborto é tergiversar o valor essencial do direito à vida”, Dom Cabrejos faz ver que os diferentes debates sobre o tema do aborto não deixam de ser contraditório quando se observa que o mundo é mais sensível a tudo o que se fala a respeito da destruição da vida. “Condena-se do tipo de guerra, proíbe-se a tortura, intenta-se abolir a pena de morte, proclama-se a imprescritibilidade dos delitos de lesa humanidade e, sem embargo, surgem propostas para liberalizar o aborto”, sentencia o arcebispo.

Concomitantemente, assinala-se que na atualidade, e graças a múltiplas investigações, pode-se afirmar com certeza que “com a fecundação do óvulo por parte do espermatozoide se inicia a vida”, e que essa vida “tem já em si todos os direitos que pertencem à espécie humana”. Recorda também que esta abordagem foi sempre ensinado e proclamada pelo Magistério da Igreja, “cuja missão intrínseca é defender a salvação integral do homem, como um aporte incondicional à vida”.

Neste sentido, o presidente da Conferência Episcopal peruana recorda que a Igreja deseja que se reconheça o valor da vida em todas as suas etapas, pelo que, consequentemente, “ensina, predica e pede uma proteção total da vida tanto em sua fase inicial quanto em sua fase terminal”.

Mais adiante, Dom Cabrejos enfatiza que a vida é o primeiro direito e que uma sociedade que não assegura a vida dos que estão por nascer, “é uma sociedade que vive como uma tragédia sua missão fundamental: dar, reconhecer, proteger e promover a vida de todos”. Razão pela qual a Igreja, segundo o prelado, sempre considerou um “ato intrinsecamente mal o aborto provocado por atentar gravemente contra a dignidade de um ser inocente”.

Continuando seu texto, o arcebispo expressa que se a vida é o primeiro direito, “nenhuma circunstância, por dramática que seja, pode justificar o aborto”. E exorta para que se reaja com mais veemência “frente à propaganda que apresenta o aborto como uma simples intervenção cirurgicamente higiênica e segura ou como uma simples interrupção de uma gravidez não desejada e onde a lei viria em ajuda de liberdade que pede o direito à autodeterminação”.

O presidente do episcopado conclui sua mensagem expressando que “a comodidade da lei do mínimo esforço e os contratempos de natureza humana nunca poderão determinar ou decidir sobre um assuntos tão importante e essencial como é o dom e o direito à vida. Um crime sempre será um crime por mais legalizado que seja”.

Com informação do Sistema Informativo Semanal da Conferência Episcopal Peruana.

 

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