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Irmã Catalina Irigoyen será beatificada amanhã na Espanha

Madri (Sexta-feira, 28-10-2011, Gaudium Press) Acontecerá neste sábado, 29, às 12h, na Catedral de Santa Maria a Real de Almudena, em Madri, Espanha, a solene cerimônia de beatificação da Serva irmã Maria Catalina Irigoyen. Trata-se da primeira beatificação que se celebrá na Arquidiocese de Madri.

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A celebração será presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato- que foi enviado pelo Papa Bento XVI – concelebrada pelo Arcebispo de Madri, Cardeal Antonio Maria Rouco Varela.

Após a cerimônia, a comunidade das Servas de Maria, a qual pertenceu irmã Catalina, promoverá um tríduo de ação de graças (jornadas de oração e eucaristia) em duas paróquias madrilhenhas e na Casa Madre das Servas de Maria, em Madri. Este último evento ocorrerá no dia 1º de novembro, e será presidida também pelo Cardeal Arcebispo de Madri.

Biografia
María Catalina Irigoyen Echegarray nasceu em Pamplona, Espanha, no dia 25 de novembro de 1848. Ao dia seguinte de seu nascimento foi batizada na Igreja Catedral local. Foi educada nos valores cristãos, completando sua formação no Colégio das Madres Dominicanas.

Em 26 de novembro de 1860, aos 12 anos de idade, junto a um grupo de colegas recebeu a primeira comunhão. Marìa Catalina viveu profundamente este primeiro encontro com Cristo, que suscitou nela uma sede ardente de recebê-lo todos os dias e de dedicar-lhe todo o tempo livre de que pudesse dispor.

Aos 13 anos, tornou-se membro da Associação de Filhas de Maria, da qual mais tarde seria presidenta. Era uma jovem sensível, solicita, otimista, piedosa e coerente. A partir da luz que irradia a Eucaristia e da contemplação da Virgem, surgiu em Maria o compromisso de viver atenta às necessidades que pudesse haver ao seu redor, buscando sempre uma solução.

Passando, então, a visitar um hospital, ajudando os enfermos que estão solitários ou aqueles que buscam a sua ajuda. Organiza também em sua casa uma oficina, para, com outras jovens, confeccionar roupas e doá-las aos necessitados. Quando seus pais falecem, Maria passa a tomar conta de casa, dedicando-se ao cuidado de seu irmão enfermo e dos familiares mais velhos, irmãos de seus pais, que em seu lar foram acolhidos.

Em 1878, ao chegar as Servas de Maria à cidade de Pamplona com o intuito de abrir uma casa, María Catalina se dispões a ajudá-las. No contanto com elas, sente-se chamada a consagra-se a Deus para dedicar-se ao cuidado dos enfermos em seus domicílios. Solicita sua admissão na Congregação à fundadora, María Soledad Torres Costa. Ingressa na casa de Pamplona em 31 de dezembro de 1881 e meses mais tarde começa em Madri a etapa do noviciado. Emite sua profissão temporal no dia 14 de maio de 1883 e a profissão perpétua no dia 15 de julho de 1889. Permanecerá até a sua morte, na capital da Espanha.

Como Serva de Maria fez inúmero atos caridosos atendendo incansavelmente os enfermos e as família, destacando-se sua entrega nas repetidas epidemias de cólera, tifo e varíola, sem nunca ter medo do contágio, sempre pronta para qualquer sacrifício no intuito de aliviar os infectados. Fazia tudo que estava a seu alcance para suavizar a dor física e afugentar o desconsolo e a desesperança que acompanhavam sempre a dor destes enfermos.

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Beata Maria Catalina viveu e morreu em Madri, dedicando toda sua vida a ajudar os mais necessitados

Caminho dos altares
Os processos canônicos de sua fama de santidade, virtudes e milagres, instruíram-se em Madri. A causa foi introduzida pelo pelo Papa João Paulo XXIII com o Decreto da Sagrada Congregação de Ritos no dia 14 de fevereiro de 1962. No dia 30 de março de 1981, o Papa João Paulo II promulgou o Decreto da heroicidade de suas virtudes. Ela tornou-se então Venerável.

Mais de 25 anos depois, no dia 9 de junho de 2006, foi iniciada a abertura da fase diocesana do Processo sobre o possível milagre atribuído à Venerável Maria Catalina: a cura de um doente grave em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. Em 20 de maio de 2010, após Consulta Médica, reconhece-se cientificamente a cura. No dia 2 de abril de 2011, o Papa Bento XVI promulgou o Decreto do Milagre, que possibilitou à beatificação de Maria Catalina.

Com informações da Arquidiocese de Madri.

 

 

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