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“Lei de Blasfêmia deve ser abolida”, diz conselheiro do Primeiro Ministro do Paquistão

Islamabad (Quinta-feira, 27-10-2011, Gaudium Press) “O caso de Asi Bibi é um trágico caso, mas não é o único: há centenas de outras pessoas que sofrem pelos abusos da lei sobre a blasfêmia. Como governo estamos convencidos que a lei deve ser retificada ou abolida, Mas deve-se encontrar o caminho e o momento certo”. Estas foram as declarações do conselheiro especial do Primeiro Ministro paquistanês para as minorias religiosas, Paul Bhatti, à agências internacionais

A lei de blasfêmia do Paquistão prevê que insultos ao Corão e ao Mahoma sejam castigados com cadeia perpétua e morte, respectivamente. Contudo, como afirmam diversas fontes paquistanesas, a controvertida disposição é frequentemente usada contra cristãos e outros para resolver disputas pessoais.

O conselheiro falou também sobre o caso Asia Bibi. Conforme ele, atualmente têm se multiplicado as manifestações de fundamentalistas muçulmanos a favor de Mumtaz Qadri, assassino do ex-governador de Punjab, Salman Tasee, que havia defendido Asia Bibi e pedido também modificações na lei da blasfêmia.

A respeito, o conselheiro paquistanês indicou “que a possibilidade de Mumtaz Qadri, um criminoso, poder ser proclamado herói nacional dos movimentos extremistas é inaceitável, por um elementar sentido de justiça e humanidade”. Qadri foi condenado à morte pelo assassinato de Tasee, entretanto, o juiz que o condenou se viu obrigado a abandonar o país devido às ameaças extremistas.

Batthi declarou ainda que, a fim de solucionar esta questão do fundamentalismo no Paquistão, teve reuniões com mais de 50 lideres religiosos islâmicos e representantes religiosos islâmicos da Turquia e da Indonésia. Sobre isso, expressou que “urge uma instrução de nível universitário para todos os imanes (líderes espirituais islâmicos), para frear as escolas de pensamento fundamentalista”.

Asia Bibi
Asia Bibi, católica de 45 anos e mãe de 5 filhos, teve uma disputa com uma vizinha muçulmana no duto de água que abastecia suas casas, na aldeia de Itanwalli, em Punjab. O conflito continuou no campo de frutas onde elas trabalhavam juntas. Lá, também, muçulmanos insultaram Asia por ela ter usado o copo comum destinado ao trabalhadores para tomar água. Ativistas católicos assinalaram que a acusação de blasfêmia foi dirigida a Bibi por ela ter enfrentado as zombarias. Por isso, Asia Bibi foi condenada à morte.

Com informações da Agência Fides

 

 

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