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"É a ausência de Deus que conduz o homem à violência", diz Papa em Assis.

Assis (Quinta-feira, 27-10-2011, Gaudium Press) Uma chuva torrencial antecedeu a chegada do Papa Bento XVI a Assis. Nesta quinta feira o tempo está mais clemente, sem chuva, mas nublado. O Santo Padre chegou a bordo de um trem especial que partiu esta manhã da Estação Vaticana.

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Bento XVI ao desembarcar do trem em Assis

O primeiro ato da Jornada foi realizado dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos. Esta Basílica tem uma importância fundamental para os seguidores e discípulos de São Francisco. Ela foi construída no século XVI para proteger a antiga Igreja da Porciúncula, o lugar histórico mais sagrado para os franciscanos. Uma verdadeira relíquia, pois, ali, entre muitos outros fatos importantes, São Francisco fundou a Ordem Franciscana e neste mesmo lugar morreu em outubro de 1226.

Bento XVI, com os mais de 200 representantes vindos de 50 países, ouviu o testemunho de 10 personalidades. Entre elas estava a professora Julia Kristeva, a única mulher a discursar, que propôs uma reflexão resgatando a importância da maternidade para uma plena ética humanística.

No início deste ato, foi projetado um vídeo para recordar o encontro de 1986 e como o mundo mudou desde então. A propósito, é impossível falar da Jornada desta quinta-feira sem citar o Papa João Paulo II que convocou o primeiro desses encontro há 25 anos atrás.

Na ocasião da primeira Jornada, o agora Beato recordava aos presentes que a paz vai muito além dos esforços humanos e que esta é a razão pela qual cada um de nós reza pela paz: a oração é por si só uma ação, mas não nos exime das ações a serviço da paz.

Enquanto João Paulo II insistia sobre a qualidade transcendente da paz, Bento XVI insiste na relação entre a fé e a razão humana. “Crer em Deus”, afirma o pontífice, “longe de prejudicar a nossa capacidade de nos compreendermos a nós mesmos e ao mundo, dilata essa mesma capacidade”.

Em seu discurso, Bento XVI comentou também a respeito da paz, um dos temas desta Joranda. “A verdadeira natureza da religião é pacífica, nunca violenta. É a ausência de Deus que conduz o homem à violência”, declarou.

Com a mensagem transmitida por Bento XVI foi concluída a parte mais intelectual desta Jornada. (JSG)

Com informações da Rádio Vaticano.

 

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