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Cardeal Rylko explica linhas de ações para a evangelização propostas por Bento XVI

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 23-09-2011, Gaudium Press) O Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanyslaw Rylko, explicou, recentemente, em um artigo publicado no jornal L’Osservatore Romano, as “três linhas” de ações propostas pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, para o processo de evangelização no qual devem estar envolvidos todos os fiéis da Igreja.

Para explicar as três linhas propostas pelo então Cardeal Ratzinger, o Cardeal Rylko citou uma palestra do então Cardeal Ratzinger pronunciada no dia 10 de dezembro do ano 2000 em um congresso de catequistas e professores de religião.

Naquela oportunidade, escreve Dom Rylko, o Santo Padre se referiu à “crise de Deus” no mundo, pois segundo ele “com frequência os cristãos vivem como se Deus não existisse”. Com essa premissa, conforme o purpurado, o então Cardeal Ratzinger elaborou três linhas para a evangelização.

A primeira é a da expropriação. “Os cristãos,” diz o Cardeal Rylko, “não são os donos, mas humildes servos da grande causa de Deus no mundo. São Paulo escreve: ‘não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus Senhor, quanto a nós, somos seus servidores por amor a Jesus'”.

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Para explicar as três linhas, Cardeal Rylko citou uma palestra do então Cardeal Ratzinger pronunciada em 2000 

“Por isso o, então, Cardeal Ratzinger sublinhava com força que ‘evangelizar não é simplesmente uma forma de falar, e sim uma forma de viver: viver na escuta e ser voz do Pai”, afirma Dom Rylko e prossegue: “A evangelização não é então mais um assunto privado, porque por detrás sempre está Deus e sempre está a Igreja para o qual é necessário manter-se em constante oração”.

Já a segunda linha de evangelização proposta pelo Cardeal Ratzinger, explica o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos é a que aflora da parábola do grão de mostarda. “As realidades grandes começam na humildade, dizia o então Cardeal. Assim, Deus tem predileção particular pelo pequeno. A parábola do grão de mostarda diz que quem anuncia o Evangelho deve ser humilde, não deve pretender obter resultados imediatos, nem qualitativos nem quantitativos, porque a lei dos grandes números não é a lei da Igreja”, diz Cardeal Rylko.

“Isso acontece”, explica em seu artigo o cardeal, “porque o dono da colheita é Deus, é Ele quem decide os ritmos, os tempos e as modalidades de crescimento do grão. Isto então nos livra do desespero em nosso esforço missionário, sem nos eximir de dar tudo como nos recorda o Apóstolo de Gentes: ‘quem semeia escassamente, recolhe escassamente; quem semeia amplamente, recolherá com amplitude'”.

A terceira linha das propostas do Cardeal Ratzinger tem muito a ver com a morte do grão de mostarda para que ele possa dar fruto: na evangelização sempre está presente a lógica da Cruz.

Sobre isto, conforme Dom Rylko, o então Cardeal Ratzinger dizia: “Jesus não redimiu o mundo com belas palavras, mas com seu sofrimento e sua morte. Sua paixão é a fonte inesgotável de vida para o mundo, a paixão dá força à sua palavra”.

O Cardeal Rylko recorda, como exemplo dessa terceira linha de ação de evangelização, a força e o testemunho dos mártires de toda a história, que constituem o “grande patrimônio espiritual da Igreja e um luminoso sinal de esperança para seu futuro”.

“Diante dos muitos desafios e problemas que se apresentam neste terceiro milênio”, continua Dom Rylko, “a esperança não deve nos abandonar jamais. O sucessor de Pedro nos assegura que Deus ‘também hoje encontrará novos caminhos para chamar os homens e quer ter consigo a nós como seus mensageiros e servidores'”. (JSG)

Com informações da Rádio Vaticano e do L’Osservatore Romano.

 

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