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Papa reza missa para multidão em Luanda

Luanda (Domingo, 22-03-2009, Gaudium Press) Um milhão de pessoas. De acordo com um levantamento da polícia e de autoridades angolanas, esse foi o número de fiéis que compareceram à missa ao ar livre celebrada hoje pelo Papa Bento XVI em Luanda, capital de Angola, no terceiro dia de sua visita ao país lusófono.

Apesar do elevado número de pessoas, a cerimônia desta manhã não registrou problemas. Diferentemente de encontro do Papa com jovens na tarde de ontem, quando um empurra-empurra resultou na morte de duas mulheres e deixou mais de 50 feridos.

Na missa celebrada hoje na imensa esplanada de Cimangola de Luanda Além de lamentar a morte das duas jovens, , diante do Oceano Atlântico, Bento XVI fez também um emocionado apelo à paz e lembrou ainda os males que afligem o continente, como as guerras e a fome.

“Peço às mulheres e homens de todo o mundo que voltem seus olhares para a África, um continente que almeja justiça, paz, um desenvolvimento integral que garanta um futuro a seus povos em paz e progresso”, pediu o Papa no último ato público de sua viagem de sete dias a Camarões e Angola.

Em um dos países mais pobres do mundo, que foi devastado por 27 anos de guerra civil (1975-2002), mas que nos os últimos anos registrou um crescimento econômico notável, Bento XVI fez um chamado de esperança aos africanos e pediu que se levantem e deixem para trás os males do passado para construir um futuro melhor.

“África, levanta-te! Olha para o futuro com esperança, confia nas promessas de Deus, em sua verdade. Deste modo construirão algo destinado a perdurar e deixarão às gerações futuras uma herança duradoura de reconciliação, justiça e paz”, clamou o Papa.

Diante de africanos de todas as etnias e tribos do sul do continente negro, incluindo bispos da África do Sul, Botsuana, Suazilândia, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue, o pontífice pediu o fim do conflito na região dos Grandes Lagos, em uma referência às guerras no Burundi, Ruanda, Uganda e na República Democrática do Congo. Os africanos se reuniram desde a madrugada na esplanada para aguardar o Sumo Pontífice

“Tragicamemte, as nuvens do mal ensombreceram também a África, incluindo Angola. Penso na guerra, nos ferozes frutos do tribalismo, nas rivalidades étnicas, na cobiça que corrompe o coração do homem e reduz a escravos os homens e priva as gerações futuras dos recursos que precisam para criar uma sociedade mais solidária e justa”, disse.

“Peço desde Angola, desde a África, e abraço todo o mundo”, implorou ao fim da missa.

 

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