Papa impõe o pálio a arcebispos metropolitanos e diz que tecido é "jugo suave" de amizade com Jesus

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 29-06-2011, Gaudium Press) Como anualmente na festa dos Santos Pedro e Paulo, o Papa conduziu na manhã de hoje a cerimônia de imposição do pálio episcopal aos novos arcebispos metropolitanos, nomeados durante o último ano. A cerimônia desta quarta teve um caráter bastante particular para os brasileiros, pelo fato de que sete dos 40 arcebispos eram do país – um total de 15 da América Latina, enquanto da Europa foram somente seis.

Ao impor o pálio aos prelados, na feliz ocasião do 60° aniversário de sua ordenação sacerdotal, Papa Ratzinger recordou aos novos metropolitanos que o pálio simboliza “o jugo suave de Cristo” do ministério particular, confiado a eles, de guiar a Igreja universal em suas dimensões locais. ” O jugo de Cristo coincide com a sua amizade. É um jugo de amizade e, consequentemente, um “jugo suave”, mas por isso mesmo também um jugo que exige”, afirmou o Papa na homilia, dedicada ao tema da amizade com Cristo.

Papa Bento XVI recordou aos presentes a dimensão pastoral de seu serviço na Igreja universal

Os arcebispos metropolitanos são nomeados durante o ano todo e por ocasião da festa dos santos Pedro e Paulo são convidados ao Vaticano para receber o pálio das mãos do próprio pontífice. O pálio simboliza a comunhão com o Sucessor de Pedro, e é uma espécie de faixa de lã branca com cinco cruzes. É reservado somente aos arcebispos metropolitanos e ao Santo Padre.

Bento XVI recordou aos presentes a dimensão pastoral de seu serviço na Igreja universal. Por isto, disse que o pálio simboliza que o pastor, como um cordeiro, como Jesus Cristo, deve sacrificar a própria vida no serviço para a humanidade. “Devemos nós também carregar os outros – observou o Papa – pô-los, por assim dizer, nos nossos ombros e levá-los a Cristo”.

O pálio simboliza de uma forma muito concreta a comunhão com o Bispo de Roma. “Significa que devemos ser pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo”, concluiu o Santo Padre. O Papa falou também sobre a importância da comunhão com o Sucessor de Pedro durante o Ângelus recitado da janela de seu escritório, no Palácio Apostólico, depois da missa na Basílica.

Durante este ano a Igreja Católica no Brasil viveu diversas nomeações e mudanças de bispos nas dioceses, e por isto hoje contou com um grande número de metropolitanos na cerimônia. Todos os brasileiros, nomeados pelo Santo Padre, estiveram presentes na Basílica vaticana: Dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas; Dom Murilo Sabastião Ramos Krieger, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil; Dom. Jacinto Bergmann, arcebispo de Pelotas; Dom Hélio Adelar rubert, arcebispo de Santa Maria; Dom Pedro Ercílio Simon, arcebispo de Passo Fundo; Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande; e Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília.

Os demais arcebispos metropolitanos que receberam o pálio hoje de manhã na Basílica vaticana são:

Do continente africano: o arcebispo de Cotonou, Benin, Dom Antoine Ganyé Jude; o arcebispo de Benin City, Nigéria, Dom Augustine Obiora Akubez; o arcebispo de Saurimo, em Angola, Dom José Manuel Imbamba; o arcebispo de Malanje, também em Angola, Dom Luis María Pérez De Onraita Aguirre; o arcebispo de Bobo-Dioulasso, em Burkina Faso, Dom Paul Yembuado Ouédraogo; o arcebispo de Pretoria, África do Sul, Dom William Slattery; o arcebispo de Mwanza, na Tanzânia, Dom Jude Thaddaeus Ruwa’ichi; e o arcebispo de Lilongwe, em Malawi, Dom Rémi Joseph Gustave Sainte-Marie.

Das Américas do Sul e Central e Caribe: os arcebispos de Cali, Manizales, Barranquilla e Bogotá, na Colômbia, respectivamente Dom Dario de Jesús Monsalve Meija, Dom Gonzalo Restrepo Restrepo, Dom Jairo Jaramillo Monsalve e Dom Rubén Salazar Gómez; o arcebispo de Quito, no Equador, Dom Fausto Gabriel Trávez Trávez; os arcebsispos de Concepción e Santiago, no Chile, respectivamente Dom Fernando Natalio Chomali Garib e Dom Ricardo Ezzati Andrello; o arcebispo de Paraná, na Argentina, Dom Juan Alberto Puiggari; o arcebispo de Kingston, na Jamaica, Dom Charles Henry Dufour; e o arcebispo de Guatemala, Dom Oscar Julio Vian Morales.

Da América do Norte: os arcebispos de San Antonio, Seattle, Los Angeles e Oklahoma City, nos Estados Unidos, respectivamente Dom Gustavo Garcia-Siller, Dom James Peter Sartain, Dom José Horacio Gómez e Dom Paul Stagg Coakley; e o arcebispo de Quebec, no Canadá, Dom Gerard Cyprien Lacroix.

Da Europa: os arcebispos de Turim e Catanzaro-Squillace, na Itália, Dom Cesare Nosiglia e Dom Vincenzo Bertolone, respectivamente; o arcebispo de Cardiff, em Gales, Dom George Stack; o arcebispo de Maribor, na Eslovênia, Dom Marjan Turnsek; o arcebispo de Montpellier, na França, Dom Pierre Marie Carré; e o arcebispo de  Riga, na Lituânia, Dom Zbignev Stankevics.

E da Ásia: o arcebispo de Daegu, na Coreia do Sul, Dom Thaddeus Cho Hwan-Kil; o arcebispo de Hyderabad, na Índia, Dom Thumma Bala; e os arcebispos de Cebu e Tuguegarao, nas Filipinas, Dom José Serofila Palma e Dom Sergio Lasam Utleg, respectivamente.