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O sacerdócio amadurece através da alegria e do sofrimento, diz o Papa na festa dos Santos Pedro e Paulo

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 29-06-2011, Gaudium Press) Dia de “parabéns” ao Santo Padre pelos 60 anos de sacerdócio. Hoje, Roma, desde as primeiras horas do dia, expressa o seu afeto ao pontífice bávaro. Na santa missa na Basílica vaticana também está presente o irmão do Papa, Georg Ratzinger, que há 60 anos, junto a Joseph, foi ordenado sacerdote. Hoje Roma vive duas festas: o 60° aniversário de sacerdócio do Santo Padre e a festa dos Santos Pedro e Paulo, que tradicionalmente reúne no Vaticano todos os arcebispos metropolitanos nomeados para a imposição do pálio.

A atmosfera festiva era muito sentida em Roma e no Vaticano. O povo da Baviera não esqueceu seu conterrâneo Joseph Ratzinger e de forma solene, com a banda musical, esteve presente com uma delegação na Praça São Pedro e depois na Basílica vaticana, trajada com roupas tradicionais, para participar da missa jubilar.

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“Primeira tarefa dos sacerdotes é pôr-se a caminho, sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros”, disse o Papa

Na Basílica vaticana, junto ao altar nos lugares reservados para o Prefeito da Casa Pontifícia e os dois secretários particulares, sentou-se Georg Ratzinger, dois anos mais velho do que seu irmão pontífice. Diversos sacerdotes antes da missa expressaram seus votos de felicidades pelo aniversário. Entre eles um sacerdote que se aproximou para pedir a benção. O Colégio Cardinalício também manifestou seu afeto e oração pelo 60° aniversário do Santo Padre. “Unimo-nos no seu Te Deum”, assegurou o cardeal decano Angelo Sodano.

Bento XVI em sua homilia, com um tom bastante pessoal, falou sobre a amizade com Cristo. Dirigiu-se aos presentes na Basílica vaticana com “uma palavra de esperança e de encorajamento” e uma palavra “amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom”.

“Senhor, ajudai-me – suplicou o Papa – a conhecer-Vos cada vez melhor! Ajudai-me a identificar-me cada vez mais com a vossa vontade! Ajudai-me a viver a minha existência, não para mim mesmo, mas a vivê-la juntamente convoco para os outros! Ajudai-me a tornar-me sempre mais vosso amigo!”

“A amizade é uma comunhão do pensar e do querer”, lembrou Bento XVI, citando as palavras “já não sois servos, mas amigos”, de uma aclamação bíblica presente no ordenamento litúrgico de sua ordenação, que “significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados”.

Uma afirmação que hoje “gera uma grande alegria interior” mas que “pode fazer-nos sentir ao longo dos decênios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da sua bondade inexaurível”, confessou o Papa. Mas “a amizade não é apenas conhecimento; é sobretudo comunhão do querer”. A comunhão que faz crescer a unidade, obediência à vontade do Senhor. Por isso a primeira tarefa dos sacerdotes a exemplo de Jesus é “pôr-se a caminho, sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros”.

Meditando sobre os símbolos bíblicos das uvas, o Santo Padre ressaltou que uma vida madura de um sacerdote necessita do “sol mas também da chuva, do dia e da noite”, isto é, da alegria e do sofrimento. “Características do vinho de qualidade são não só a suavidade, mas também a riqueza das tonalidades, o variegado aroma que se desenvolveu nos processos da maturação e da fermentação”.

Assim, também a vida do sacerdote é feita de alegrias e de sofrimentos. Jesus requer o amor e a fidelidade “realizada também no sofrimento”. O sacerdócio “corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz”.

Bento XVI, depois da homilia, segundo a tradição da festa dos Santos Pedro e Paulo, entregou os pálios aos arcebispos metropolitanos nomeados no último ano.

 

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