Arcebispo do Rio de Janeiro escreve artigo sobre visita do Papa ao continente africano
Rio de Janeiro (Quarta, 18-03-2009, Gaudium Press) Recém-chegado de Roma, onde participou do Seminário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o arcebispo eleito do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, escreveu um artigo, “A Visita à África”, em que destaca a participação de bispos e arcebispos africanos no seminário e elogia a viagem de Bento XVI a dois países do continente: Camarões e Angola.
“Vi com entusiasmo a participação maciça dos países africanos em nossas reuniões, com interesse, intervenções e busca de soluções nessa prospectiva de olhar o futuro da humanidade”, salientou o religioso, acrescentando que o continente será sede, ainda este ano, do Sínodo dos Bispos sobre a África, que debaterá o tema: “A Igreja na África – A serviço da reconciliação e da paz”.
Segundo o arcebispo, a Igreja Católica continua firme “na preocupação com a vida, a paz, a família e a reconciliação”. “As guerras fratricidas existem em todos os lugares. Às vezes, declaradas; outras vezes, não. Mas elas estão aí, irmãos continuam matando os irmãos! A humanidade ainda não aprendeu a Palavra que Jesus trouxe ao mundo: a palavra de perdão, de reconciliação e, principalmente, do “amai-vos uns aos outros”!”.
O arcebispo eleito do Rio de Janeiro continua o artigo, afirmando que o “mundo esqueceu-se da África e agora, com a crise, isolou-a muito mais, deixando-a com as guerras, doenças e fome”. E lembrou a visita de Bento XVI ao continente africano. “A Igreja sempre deu uma atenção especial aos seus filhos na África e continua procurando construir a fraternidade, através da pregação e da presença no social”.
“Enquanto muitos governantes não conhecem a África e manifestam assombro ao conhecê-la”, prosseguiu dom Orani, “a Igreja continua enviando pessoas para ajudar a África a caminhar melhor”. “Ao contemplarmos mais essa visita do Santo Padre à África, reflitamos também sobre a grande missão a ele confiada – a de conduzir com firmeza o barco de Pedro nas turbulentas águas atuais” afirmou.
“Assim como a África necessita de paz e reconciliação, acredito que também nós no Brasil, em especial neste tempo da Quaresma, somos chamados a nos questionar sobre os passos que estamos dando para que a nossa atual Campanha da Fraternidade, sobre segurança pública, seja realmente uma proposta efetiva de paz como fruto de verdadeira justiça”, concluiu.
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