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Vítima de sequestro em Brasília diz que freira, também refém, foi principal negociadora

São Paulo (Quarta-feira, 15-06-2011, Gaudium Press) Em entrevista ao portal G1 nesta quarta-feira, uma das quatro mulheres feitas reféns por dois criminosos em Brasília, ontem, em um sequestro que durou mais de seis horas e mobilizou a opinião pública, disse que a religiosa que estava na casa, também ela uma das reféns, foi a principal negociadora com os sequestradores para o fim, pacífico, da situação.

“Não sei o que faria sem ela. Ela acalmou a todos e conseguiu manter o diálogo”. A afirmação é de Carmen Lúcia de Freitas Sartori, de 58 anos, referindo-se à Irmã Maria Clara. Ela, duas filhas e a freira, amiga da família, passaram nesta terça-feira mais de seis horas nas mãos de dois sequestradores na Asa Sul de Brasília. Ela relatou que tudo começou quando foi abrir o portão para a religiosa às 9h30. A religiosa já era esperada, e ia buscar uma imagem de Nossa Senhora para ser restaurada.

Naquele instante, Adelino de Sousa Porto, 57 anos, e Bruno Leonardo Oliveira, 29 anos, abordaram as duas e as obrigaram a entrar na casa. Ainda segundo Carmen, os bandidos perguntaram especificamente por seu marido, que, segundo ela, estava na igreja.

“Respondi que ele estava na igreja. Mesmo assim, eles foram entrando. Perguntei o que eles queriam, quem eram. Eles fecharam o portão e contaram que era um assalto. No começo não acreditei, mas aí ele mostraram o revólver”, lembra Carmen. “Como eles sabiam o nome do meu marido, senti que alguém tinha mandado eles aqui”, falou a moradora.

Ainda segundo ela, uma das esposas de um pedreiro que trabalhava na casa percebeu a movimentação e chamou a polícia, que abordou os criminosos no momento em que eles deixavam a casa. Com a chegada dos policiais, os dois voltaram para a residência e fizeram as quatro mulheres reféns. E é desse ponto em diante que a presença tranquilizadora e conciliadora da Irmã Clara.

Carmen diz que a família se voltou a Deus e à Virgem Maria para um desfecho tranquilo da situação. Segundo ela, que se diz frequentadora assídua da Paróquia de Santo Antônio, a família rezou o tempo todo, inclusive falando sobre Deus e Nossa Senhora para os assaltantes. “Coloquei a Nossa Senhora em cima da mesa e pedi que ela intercedesse por minha família, pela irmã e por eles”, falou.

Durante todo o tempo da ação, os sequestradores, de acordo com dona Carmen, permitiram que as vítimas falassem ao telefone, pedissem água, suco e comida, e diziam que não tinham intenção de ferir ninguém, mas, sim, serem feridos durante a rendição à polícia.

Por volta das 15h30, negociada a rendição, os dois sequestradores libertaram as vítimas e se entregaram. Irmã Clara, a última refém a sair, saiu carregada pelos policias. Segundo Carmen, porque a religiosa tem pressão alta e estava cansada.

Com informações do G1.

 

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