Gaudium news > Vaticano promove V Congresso Internacional de Estudo sobre o tratamento das pessoas com Aids

Vaticano promove V Congresso Internacional de Estudo sobre o tratamento das pessoas com Aids

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 30-05-2010, Gaudium Press) O Vaticano promoveu no último sábado, junto à Fundação “Bom Samaritano” do Pontifício Conselho para os Operadores de Saúde, o V Congresso Internacional de Estudo sobre o tratamento da pessoa com Aids, baseado no tema “A centralidade do cuidado da pessoa na prevenção e no tratamento da doença do HIV/Aids”.

Segundo o Vaticano, o congresso pretendeu reafirmar a questão da centralidade do tratamento da AIDS na pessoa e promover a consciência ética e o respeito a toda pessoa infectada, além de enfrentar a situação do HIV/AIDS nas implicações sanitárias, sociais, econômicas e morais, principalmente nos países menos desenvolvidos. A análise dos participantes do congresso é a de que é necessário, sobretudo, educar para evitar comportamentos de risco, favorecer uma consciencização acerca da importância da prevenção e promover uma “luta” ética contra a epidemia.

Para alguns participantes, contudo, a mídia de hoje, ao invés de ajudar os infectados, promove discriminação e exclusão social. O presidente do dicastério, Dom Zymunt Zimowski, em sua intervenção, lembrou o ensinamento da Igreja na prevenção da epidemia do HIV/AIDS.

“O HIV/AIDS rompe os laços humanos, familiares, e reduz a solidariedade humana”. Ao mesmo tempo, é “um fator de desagregação familiar, de paralisação no âmbito da organização sócio-sanitária e social dos países emergentes e de freio para o desenvolvimento em todos os níveis, culturais, científicos, econômicos”. A doença traz impactos também para a Igreja, colocando “à dura prova a mensagem cristã de amor, de compaixão, de solidariedade e de fraternidade”, observou em sua intervenção Dom Zimowski.

A visão da Igreja sobre a pessoa é a de uma antropologia do homem “em trânsito” no ciclo da própria vida, desde a concepção até a morte natural. Por isso, vê na doença HIV/AIDS não apenas uma patologia somática, mas uma doença social e moral. A doença deve ser tratada do ponto de vista médico-sanitário, ético e humano.

“A verdadeira prevenção do HIV/AIDS sexualmente transmitido induz a abandonar comportamentos sexuais de risco e orienta os jovens a uma sexualidade equilibrada, vivida na castidade pré-conjugal e depois na vida matrimonial”, disse Dom Zimowski.

Um profundo sentido e verdade da visão da Igreja Católica estão contidos, por exemplo, nos debates da XVIII Conferência Internacional sobre a AIDS, em 2010, em Viena. Concluiu-se na ocasião que “o método mais seguro para obter uma prevenção efetiva da transmissão sexual do HIV em um casal sorodiscordante não seria tanto o uso do preservativo nas relações conjugais, que não protege 100%, mas a aplicação de um tratamento anti-retroviral eficaz e potente no indivíduo soropositivo, que manteria a sua viremia abaixo do nível de identificação”.

O mesmo havia sido demonstrado pelo estudo “HPTN 052” patrocinado pelo “National Institute of Allergy and Infectious Diseases” junto aos “National Institutes of Health” nos Estados Unidos, realizado em diversos países, entre os quais o Brasil, Índia, Quênia, etc.

Atualmente, a Igreja trabalha em mais de 117 mil centros de saúde no mundo todo e o “ministério” vaticano para a saúde está preparando uma nova cartilha pastoral sobre o tratamento da AIDS.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas