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A ação da caridade precisa de fundamento "para não cair nas mãos de ideologias danosas”, afirma o Papa

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 27-05-2010, Gaudium Press) Hoje, em uma audiência privada com o Santo Padre, no Vaticano, foi concluída a 19ª Assembleia Geral da Caritas Internacional. Na ocasião, o Papa convidou a instituição a conduzir o exercício da caridade com a mensagem da Igreja na vida política e social no plano internacional. A Caritas Internacional celebra 60 anos de sua fundação pelo Papa Pio XII, criada após a Segunda Guerra Mundial como uma resposta de caridade concreta da Igreja Católica às situações de conflito e emergência no mundo.

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Bento XVI sublinhou, em discurso, a importância da contribuição que a Cáritas Internacional oferece nos diversos lugares do mundo aos mais necessitados

“Sem um fundamento transcendente, sem uma referência a Deus Criador, sem a consideração do nosso destino eterno, nos arriscamos a cair em mãos de ideologias prejudiciais”, afirmou o pontífice aos participantes da Assembleia Geral da Caritas Internacional, que desde domingo passado esteve reunida em Roma.

A Caritas, como um órgão eclesial de personalidade jurídica canônica pública dependente da Santa Sé, tem uma missão particular no mundo e uma responsabilidade em termos de vida cristã. Sublinhando a importância da contribuição que a Caritas Internacional oferece nos diversos lugares do mundo aos mais necessitados, o Santo Padre observou que a própria experiência a faz “porta-voz” em nível internacional “de uma saudável visão antropológica, alimentada pela doutrina católica e empenhada a defender a dignidade de toda vida humana”.

Mas a missão da Caritas não se limita apenas ao diálogo com as realidades políticas e sociais do mundo. Ela, como instituição eclesial, tem também a própria missão religiosa de abrir os homens para os outros “em pleno respeito da própria liberdade e na plena assunção das próprias responsabilidades pessoais”.

A Caritas necessita também proteger a fé e os próprios direitos dos católicos. Há questões “não negociáveis” para um fiel católico, diz o pontífice. “Ninguém – continuou o Papa – pode, em matérias abertas à livre discussão, pretender falar “oficialmente” em nome do inteiro laicado ou de todos os católicos”. E todo homem é chamado a defender aqueles valores “não negociáveis”, vaticinou Bento XVI.

 

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