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Cardeal Ouellet mostra-se preocupado com perseguição contra cristãos

Montevidéu (Segunda-feira, 23-05-2011, Gaudium Press) Em entrevista concedida ao jornal uruguaio “El País” neste fim de semana, o presidente da Congregação para a América Latina e prefeito da Congregação para os Bispos, cardeal Marc Ouellet, em visita pelos países da região, afirmou estar preocupado com a perseguição contra os cristãos no mundo, principalmente no Oriente Médio.

Conforme o purpurado, a situação no Oriente Médio é muito difícil devido à situação de constante guerra que vive a região. Segundo ele, isso faz com que muitos cristãos fujam, esvaziando o local de pessoas que professam a fé fundamentada nos ensinamentos de Cristo. “Isso não é um progresso nem mesmo para a cultura local. O cristianismo é um força de paz e esperança”, afirmou.

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Cardeal falou também sobre a relação entre a fé cristã e a ciência e os aspectos positivos da globalização

Diante deste cenário, o prefeito da Congregação para os Bispos reiterou sua posição contrária às guerras. Segundo o purpurado, elas não ajudam nem um pouco a relação entre o ocidente e o mundo islâmico. “Qualquer guerra faz com que o mundo islâmico satanize o ocidente como se fosse seu inimigo”, disse.

Neste sentido, Cardeal Ouellet afirmou que ações terroristas levam a identificar uma religião com o terrorismo, uma simplificação que deve ser evitada. “A religião muçulmana não é terrorista, é um crença que implica uma relação positiva com Deus. Evidentemente, há fanáticos que se aproveitam da religião e fazem terrorismo em seu nome, isso não é religioso, ao contrário, é blasfêmia”, asseverou.

Em relação ao combate ao terrorismo islâmico, o purpurado afirmou que a morte de Osama Bin Laden provavelmente não será tão eficaz, já que a Al Qaeda é uma organização que provavelmente tem outros chefes. Para o cardeal, a melhor forma de evitar estes conflitos é lutar para controlar as riquezas mundiais, procurando sempre o equilíbrio e a justiça.

Fé, Ciência e Globalização

O prefeito da Congregação para os Bispos também falou sobre a relação entre a fé cristã e a ciência. Segundo ele, não há contradição entre os dois termos. Para o purpurado, todo o descobrimento científico é bem-vindo e isso não faz retroceder a fé. “No campo da teologia se pode desenvolver conhecimento, mas se ao mesmo tempo não se cultiva uma relação pessoal com Deus, através da oração, os conhecimentos podem não fazer progredir o indivíduo”.

Por fim, o prelado tocou em assunto tão em voga nas últimas década: a globalização. O cardeal destacou os aspectos positivos de tal fenômeno e afirmou que a Igreja é globalizada desde o começo de sua história. “Jesus Cristo é o maior globalizador, é quem dá à humanidade sua unidade”, concluiu.

Com informações da Rádio Vaticano.

 

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