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Praça São Pedro foi tomada por fiéis, e poloneses estavam entre a maioria na cerimônia de beatificação

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-05-2010, Gaudium Press) Sábado de céu coberto e de chuva, domingo um bonito sol como um sorriso celeste. Multidão imensa graças principalmente à presença de mais de 500 mil poloneses vindos do próprio país ou do exterior com todos os meios de transporte. Alegre e simples como era João Paulo II. Assim era a atmosfera da missa de beatificação de um pontífice que fascinava e atraía as multidões. Essas multidões vieram mais uma vez expressar como os simples explicam para aqueles grandes e pequenos o seu amor.

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Mais de 500 mil poloneses compareceram à Praça São Pedro

As primeiras pessoas começaram a chegar perto de São Pedro já na tarde para garantirem um lugar na Praça São Pedro. Mesmo com a Praça e toda a Via della Conciliazione e ruas adjacentes fechadas, as pessoas se colocaram nas ruas próximas. Em um gesto solidário, a polícia italiana permitiu a entrada parcial de pessoas idosas e doentes. Todo o centro histórico permaneceu fechado para o tráfego das 13h de sábado até o fim da cerimônia.

As ruas foram cobertas com sacos de dormir. Como antes do funeral de Wojtyla em 2005, também agora as pessoas estavam prontas a dormir no chão para garantir um lugar perto da cerimônia. A polícia decidiu permitir a passagem da multidão para a Via della Conciliazione às 2 da madrugada, duas horas antes do horário previsto. O primeiro grito de entusiasmo foi ouvido às 5h22 quando foram abertas as passagens para a Praça São Pedro.

Entusiasmo, mas também cansaço. Os afortunados que pegaram os melhores lugares podiam de novo dormir e recuperar as horas perdidas de sono. 6.000 voluntários ajudaram a polícia italiana a dirigir a multidão fora da Praça, e a responsabilidade da organização do evento como sempre esteve a cargo da Guarda Suíça Pontifícia e o Corpo da Gendarmeria vaticana.

O Papa Bento XVI entrou na Praça no papamóvel, sorridente, vestido com a casula usada por João Paulo II. As pessoas o receberam com um aplauso, mesmo aqueles que estavam longe da Praça São Pedro. O Papa em determinado momento beijou uma criança no início da cerimônia. Entre os concelebrantes, dois secretários do Papa Beato: o cardeal arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, e o arcebispo de Lviv, Dom Mieczyslaw Mokrzycki. Para os dois, o evento foi muito pessoal e significativo.

Mas na Praça estavam presentes também outros que eram muito ligados a João Paulo II, entre os quais um sacerdote chinês, Jan Maria Chun Yean Choong. Para ele, a cerimônia de domingo era importante como uma jornada de 10 anos atrás, quando também estava na Praça São Pedro, na audiência geral. João Paulo II passou perto dele. A abertura do pontífice a todos, sem exceção, também a não crentes como o era na ocasião, deixou sementes de curiosidade e paixão. Assim começou a descobrir o Cristianismo e decidiu receber o Batismo e em seguida tornar-se sacerdote.

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O Papa Bento XVI entrou na Praça no papamóvel, sorridente, vestido com a casula usada por João Paulo II/ Foto: Gustavo Kralj

Amada por João Paulo II, Cracóvia estava representada pela própria arquidiocese com mais de 7.000 peregrinos. Para a missa foram convidadas as pessoas que trabalharam na postulação da causa de beatificação de João Paulo II. As leituras foram feitas em polonês por Aleksandra Zapotoczny, editora da edição polonesa da revista “Totus Tuus”, e em inglês pela freira Bernadette Pike, fundadora do recentemente aprovado instituto de vida consagrada e o primeiro nascido da espiritualidade de Papa Wojtyla, “Klasztor Jana Pawla II” (“convento de João Paulo II”).

“Para este milênio, Deus nos deu um extraordinário e nos doou um homem que era e permanece para nós luz e modelo. Como homem, modelo de comportamento, sinceridade e honestidade. Era um homem que não era falso nunca, e simples. Respeitava todos os homens. Aquilo que tanto nos falta. O respeito pelo homem”, observou o ex-secretário do Papa, cardeal Dziwisz, no dia anterior à beatificação, antes de responder a um jornalista que João Paulo II é patrono de todos, de toda a humanidade.

Anna Artymiak

 

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