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Presidente do Parlamento Europeu diz que os políticos europeus devem escutar o Papa

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 24-02-2011, Gaudium Press) “Nós, políticos na Europa deveríamos escutar aquilo que um homem de fé e de cultura como Joseph Ratzinger tem a dizer. Afinal, ele não é somente um chefe de Estado, mas é antes de mais nada o Supremo Pontífice da Igreja Católica, uma comunidade de crentes que deu forma à Europa”. As palavras são de ninguém menos que Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu e protestante, que fará uma visita a Papa no próximo dia 28 de fevereiro.

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Protestante, Jerzy Buzek disse que a comunidade da Igreja Católica formou a Europa

Em entrevista sobre o encontro e diálogo bilateral concedida à agência italiana Sir, Buzek recordou as bases da União Europeia que foram inspiração para os pais fundadores, Schuman, De Gasperi e Adenauer. “É claro que a cristandade foi uma grande fonte de inspiração para a Europa. O Tratado de Lisboa fornece uma base legal – pela primeira vez – ao diálogo institucional entre a União Europeia e as comunidades religiosas”, ressaltou o presidente do Parlamento Europeu.

A visita de Buzek ao Vaticano é esperada há muito tempo. Ele mesmo afirma que “quando um Papa alemão e um presidente polonês do Parlamento Europeu se encontram, podemos ser gratos por aquilo que conseguimos até agora”. Para o chefe dos parlamentares europeus, “em um período de grandes mudanças na Europa e no mundo, todos nós precisamos de alguma orientação” e continuar a “respirar novamente com todos os dois pulmões” – a Europa unida do Leste a Oeste.

Jerzy Buzek afirmou ainda que, como a Igreja Católica, o Parlamento Europeu também compartilha uma profunda preocupação “pela perseguição aos cristãos no Oriente Médio”. Segundo o político, a UE quer “abrir o caminho com medidas concretas em defesa da liberdade religiosa”, porque a “liberdade de religião é um dos direitos humanos mais fundamentais, um dos componentes mais íntimos da dignidade humana” e não se pode permanecer indiferente à morte de cristãos, muçulmanos, hebreus ou agnósticos.

“Não queremos – sublinha o presidente Jerzy Buzek – ensinar nada aos outros países, mas devemos ficar do lado dos oprimidos e dos vulneráveis. Temos que garantir que os cristãos tenham um futuro nesta região, que possam prosperar, que possam viver dignamente e que não tenham necessidade de fugir, especialmente porque vivem ali há dois mil anos”.

O presidente do Parlamento Europeu exortou ainda as raízes cristãs que foram a base da União Europeia. “A história da integração europeia – disse – mostrou as vantagens da abertura e da solidariedade. Aqueles valores são centrais também para a cristandade. A União crescerá ainda mais no futuro e teremos que encontrar os modos de administrá-la. A Europa é enérgica, viva e mutável. É um projeto em construção. Todos os países europeus têm a perspectiva de tornarem-se membros da União quando estiverem prontos”.

 

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