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CNBB pede ética e respeito na programação televisiva brasileira

Brasília (Quinta-feira, 17-02-2011, Gaudium Press) O Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Cosep) manifestou-se ontem contra o que qualifica de “baixo nível moral” da programação da TV brasileira. O órgão emitiu uma nota em que critica o espaço dado a programas, especialmente os chamados “reality shows”, que têm o lucro como seu principal objetivo”.

De acordo com o episcopado, a manifestação do Consep sobre o tema manifesta na nota “Nota sobre Erica e Programas de TV” se deu após diversos pedidos de setores da sociedade civil. Os bispos do Consep estiveram reunidos de 11 a 15 de fevereiro em sua sede, em Brasília, para apreciar a questão.

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Dom Dimas e Dom Geraldo, respectivamente secretário-geral e presidente da CNBB

Após destacar a importância da TV para a sociedade brasileira, reconhecida pelo prêmio Clara de Assis de Televisão dado pela CNBB anualmente, os bispos lamentam que “serviços prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral” sejam “ofuscados” por programas como os “reality shows”.

“Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira”.

Assinada pelo presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, pelo vice-presidente Dom Luiz Soares Vieira, e pelo secretário-geral Dom Dimas Lara Barbosa, a nota pede que a sociedade se manifeste sobre o tema “no sentido de superação desse mal”, sempre com respeito à liberdade de expressão, liberdade esta que, no entanto, “não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a sociedade”.

Os bispos dirigem-se também às próprias emissoras de TV, pedindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre “seu papel e limites na vida social”, e ao Ministério Público, para que o órgão fiscalizador máximo da República esteja mais atento e atue com mais rigor na fiscalização da programação televisa.

O texto também pede aos pais e educadores que exerçam sua responsabilidade na formação moral das crianças e que busquem formar nelas o “senso crítico indispensável” contra essa exploração “abusiva e moral”.

A diretiva do episcopado brasileiro encerra a nota pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para que todos os profissionais e empresários de comunicação usem esses “maravilhosos meios” na construção conjunta de uma sociedade “mais justa e humana”.

 

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