Cordeiros cujas lãs produzirão o pálio de arcebispos foram abençoados hoje

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 21-01-2011, Gaudium Press) Hoje pela manhã, em memória litúrgica a Santa Inês, o Santo Padre fez a tradicional benção de dois cordeiros, cuja lã será usada para tecer os pálios dos novos arcebispos metropolitanos.

A história da tradição anual é relembrada no “Osservatore Romano” de hoje pela Irmã Maria Solecka, superiora das freiras da Sagrada Família de Nazaré, que são responsáveis por esse trabalho.

No dia da memória de Santa Inês, cordeiros são vestidos com uma espécie de manto vermelho e branco

A tradição da preparação dos cordeiros teve início em 1884. Todos os anos os dois cordeiros são levados para as freiras em seu convento no monte Esquilino em Roma, pelos trapistas das Tre Fontane, no dia 20 de janeiro. Desde o período pós-Segunda Guerra Mundial, quem cuida dos cordeiros é a mesma freira, Wanda Baran.

O primeiro trabalho com a preparação dos cordeiros é lavar sua lã da sujeira. Enxutos, devem ser colocados em lugar reparado do frio para não adoecerem. No dia da memória de Santa Inês são vestidos com uma espécie de manto vermelho e branco que representa o martírio e a virgindade da santa. É colocado sobre eles também uma coroa de flores, uma de cor vermelha e outra branca, e laços nas orelhas. Amarrados, são por fim colocados em um cesto.

A cerimônia da benção começa em Santa Inês Fora dos Muros, em via Nomentana, em Roma, onde acontece o tradicional rito de benção. Depois, alguns Sediários pontifícios os levam com um furgão ao Palácio Apostólico onde, na Capela de Urbano VIII, são abençoados pessoalmente pelo Papa.