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Secretário e presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e Paz comentam mensagem do Papa

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Para cardeal Turkson, liberdade de religião não implica relativismo

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 16-12-2010, Gaudium Press) Presentes na apresentação,da mensagem do Papa Bento XVI para o 44º Dia Mundial da Paz, realizada nesta quinta-feira, 16, o presidente e secretário do Pontifício Conselho para a Justiça e Paz, respectivamente, cardeal Peter Turkson e Dom Mario Toso, teceram alguns comentários a respeito do discurso que o pontífice pronunciará no dia 1º de janeiro de 2011.

Sobre o aspecto prático das indicações na mensagem papal, Dom Mário afirmou que a liberdade religiosa implica uma moral na sociedade. Conforme o prelado, a indiferença religiosa, tão difundida na época moderna, não é garantia de uma convivência pacífica. “Na Europa”, explica o secretário do dicastério, “o direito do culto é grantido por lei, mais isso não significa liberdade religiosa”. Conforme ele, o Velho Continente encontra-se em uma crise, cultural e em condições de uma esquizofrenia que “não é capaz de administrar-se e de relacionar-se com o exterior”.

Para Dom Mário, o apelo de Bento XVI é justamente para que a política não siga qualquer ídolo, o ídolo do poder, do equilibrio, da conservação do status quo, mas que, contrariamente, esteja aberta aos grandes valores morais que são ligados à dignidade da pessoa. “O ensinamento da Igreja vai além da ‘Declaração universal dos direitos do Homem’ pronunciada pelas Nações Unidas. Os valores que ela promove são universais e são fortalecidos em um dinamismo que a especifica e qualifica a estruturar o homem na sua dimensão ética”, disse..

Por sua vez, cardeal Turkson declarou que “negações dos direitos da liberdade religiosa obscurecem a verdade da pessoa humana, ameaçando a paz no mundo, isto porque a liberdade religiosa é a expressão da capacidade do homem de procurar a verdade de Deus e a verdade sobre si mesmo”. O purpurado também reafirmou que a liberdade de religião não implica relativismo religioso ou indiferença, mas pelo contrário, é a defesa da identidade religiosa contra o relativismo, o sincretismo e o fundamentalismo. ‘A base de todos os apelos é a dignidade de toda pessoa”, concluiu o cardeal.

 

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