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"A liberdade religiosa é uma autêntica arma da paz", reafirma Papa em mensagem para o Dia Mundial da Paz

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 16-12-2010, Gaudium Press) Hoje a Sala de Imprensa vaticana publicou a Mensagem do Santo Padre Bento XVI para o 44° Dia Mundial da Paz com o tema “Liberdade religiosa, caminho para a paz”. O Dia Mundial da Paz é celebrado no dia 1° de janeiro e a mensagem do Papa é lida depois da celebração eucarística. Na mensagem o pontífice fala sobre o tema do Dia, observando que a liberdade religiosa é “uma autêntica arma da paz”e que o Cristianismo é a mais perseguida religião do mundo, mesmo no Ocidente.

A mensagem do pontífice é um forte apelo aos Estados e às comunidades internacionais para que respeitem o direito de liberdade religiosa e as liberdades de consciência, de pensamento e de religião, com o intuito de renovar o compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a própria religião ou a própria fé. “O direito à vida e à vida espiritual é sagrado”, ressalta o Santo Padre. “E a liberdade religiosa é um patrimonio para todos, não é exclusivo dos crentes”.

Em seu texto, o Papa retorna à questão das perseguições aos cristãos no mundo. O tema foi estudado nos últimos meses, por ocasião do Sínodo sobre o Oriente Médio, que aconteceu no Vaticano no mês de outubro passado e também por causa dos trágicos eventos, como o recente ataque do dia 31 de outubro. “Os cristãos”, lembra Bento XVI, “são atualmente o grupo religioso que sofre o maior número de perseguições por causa da própria fé”. Bento XVI faz também um apelo a todos os responsáveis para que “ajam prontamente para pôr um fim a qualquer tipo de ato de prepotência contra os cristãos”, principalmente aqueles que se encontram em minoria religiosa na Ásia, na África, no Oriente Médio e especialmente na Terra Santa.

“Desejo que no Ocidente, especialmente na Europa, cessem a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos pelo fato de que esses prentendem orientar a própria vida em modo coerente aos valores e aos princípios expressos no Evangelho. Que a Europa, principalmente, saiba reconciliar-se com as próprias raízes cristãs, que são fundamentais para a compreensão do papel que teve, que tem e que pretende ter na história. Só assim saberá experimentar a justiça, a concórdia e a paz, cultivando um sincero diálogo com todos os povos”, declara.

De acordo com Bento XVI, o homem tem uma dupla dimensão: religiosa e social. E é papel da própria educação, segundo ele, formar as gerações que reconheçam e respeitem o direito da liberdade religiosa, “âmbito primário desta formação”. Para o Santo Padre, cada pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e de manifestar, individualmente ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, “seja em público, seja em privado, no ensino, nas práticas, nas publicações, no culto e observância dos ritos.”

Por fim, o Santo Padre afirma que a liberdade religiosa dá a contribuição ética da religião no âmbito político e por isto deve ser apreciada e compreendida na sua dimensão religiosa cultural, em vez de ser marginalizada ou proibida. “Não se pode instrumentalizar nem impor com a força a profissão de uma religião”, afirma Bento XVI, recordando às autoridades estatais que a religião é “uma força positiva e propulsora para a construção da sociedade civil e política”.

 

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