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“Para Bento XVI, a ecologia é um pequeno aspecto da criação” diz o secretário pessoal do Santo Padre

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Para o monsenhor, Bento XVI “não é um Papa ecologista, mas um teólogo que fala sobre o Deus Criador do mundo”

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 14-12-2010, Gaudium Press) O secretário pessoal do Papa Bento XVI, monsenhor Georg Gaenswein, concedeu recentemente uma entrevista exclusiva à reporter Angela Ambrogetti para a revista americana “Inside the Vatican”. No encontro, o sacerdote falou basicamente a respeito do livro dos cinco anos de pontificado do Papa: “Bento XVI Urbi et Orbi. Com o Papa em Roma e pelos caminhos do mundo”, que foi elaborado sob a responsabilidade do próprio secretário

Na entrevista, monsenhor Gaenswein falou, entre outros assuntos, sobre os nomes de “ecologista” e “green pontífice” dados pela mídia ao Papa Bento XVI, por causa de seu visível empenho nos temas da tutela da criação que teve início explicitamente com a presença do pontífice na Jornada Mundial da Juventude em Sidney, Austrália, em 2008. Na ocasião, conforme o sacerdote, o Santo Padre ressaltou a responsabilidade de cada um pela tutela da criação e por uma administração responsável dos bens da terra e por isso recebeu estas alcunhas.

Contudo, explicou o secretário pessoal, “Bento XVI não é um Papa ecologista, mas um teólogo que fala sobre o Deus Criador do mundo. A ecologia é um pequeno aspecto da criação e a mesma coisa vale também para o meio-ambiente”, disse. “Onde a criação não é mais respeitada como ‘Creatio Dei’, é claro que o meio ambiente não funciona, a ecologia não funciona. Onde ela é respeitada como um dom de Deus, funcionam também o meio ambiente e a ecologia”, afirmou.

Segundo o sacerdote, as pessoas não devem nunca esquecer que Deus não é somente redentor, mas é também criador; entendendo a criação como algo muito mais amplo do que meio ambiente e ecologia.

Outros assuntos abordados na entrevista foram a devoção mariana do Santo Padre e sua viagem apostólica ao Brasil em 2007. Segundo o monsenhor, nas viagens do pontífice sempre há lugar para dedicção ao culto à Virgem Maria. “Porque onde está o Senhor não pode faltar a sua Mãe”, explicou. No que se refere a visita ao Brasil, o secretário pessoal de Bento XVI lembrou que aos olhos do pontífice o país, assim como o continente, é visto como um “sinal de esperança”.

 

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