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Linguagem da Igreja deve responder aos desafios da comunicação moderna, afirma o Papa

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 16-11-2010, Gaudium Press) Ao final de quatro dias de discussões, os participantes da Assembleia Plenária “Cultura da Comunicação e novas linguagens”, promovida pelo Pontifício Conselho da Cultura, foram recebidos pelo Papa este sábado no Vaticano. A plenária teve início na quarta-feira e terminou no sábado.

Abordar este tema e levar essa questão aos fiéis “significa aproximar-se ao próprio mistério de Deus que, na sua bondade e sabedoria, quis revelar-se e manifestar a sua vontade aos homens” (Concílio Vaticano II Cost. dogm. Dei Verbum, 2), disse Bento XVI na ocasião aos participantes.

Segundo o Papa, o próprio Cristo se revelou para a humanidade como “Logos”, para alargar a relação entre identidade e dignidade humanas. Novas linguagens e novas tecnologias trazem novos desafios para a Igreja nos nossos tempos. Estes desafios aumentam. O objetivo da Igreja é não permanecer “indiferente e estranha” às pessoas que procuram a fé, sempre cultivando a tradição e estando abertos às novas linguagens e as novas modalidades de comunicação, continuou Bento XVI.

O Papa disse que um dos motivos por que os jovens se afastam da fé é a incapacidade da linguagem de comunicar. Assim, a missão da Igreja é fazer as linguagens eficazes, mas também responder aos processos “de solicitude e de desorientação” na comunicação, explicou Bento XVI. É preciso educar as gerações jovens para que estimulem “o senso crítico e a capacidade de valorização e de discernimento”.

De acordo com o Papa, há determinadas linguagens da Igreja que são irrenunciáveis, como aquilo que diz respeito à tradição de símbolos, imagens, ritos e gestos, que “de forma rica e densa” se exprimem sobretudo na liturgia. “A tradição cristã sempre ligou estritamente a linguagem da arte, cuja beleza tem uma particular força comunicativa, à liturgia. Esta beleza apreendida da arte e da imagem deve sempre realizar-se na “beleza da vida cristã”, recordou, antes de completar: “A vida dos santos, dos mártires, mostra uma singular beleza que fascina e atrai, porque uma vida cristã vivida em plenitude fala sem palavras”.

A Assembleia Plenária do Pontifício Conselho da Cultura durou quatro dias. Foi uma oportunidade para se aprofundar as linguagens modernas das novas tecnologias, com um enfoque na mensagem da Igreja, e também da música, da cinematografia e da liturgia.

 

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