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“A Assunção de Maria lembra o objetivo de nossa vida: estar um dia, eternamente, com Deus”, diz Dom Murilo

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“A Assunção de Maria nos mostra o valor do corpo humano”, diz Dom Murilo Krieger

Florianópolis (Segunda-feira, 02-08-2010, Gaudium Press) “Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de 12 estrelas” (Ap 12,1). Essa passagem do livro do Apocalipse é proclamada na Missa da Assunção de Nossa Senhora, e foi utilizada como inspiração para o artigo mensal do arcebispo de Florianópolis (SC), Dom Murilo Krieger. Segundo o ensinamento oficial da Igreja, a humilde jovem de Nazaré, escolhida e preparada desde toda a eternidade por Deus para ser mãe de seu Filho Jesus, foi elevada em corpo e alma à glória do céu.

O arcebispo afirma que se hoje Maria está “vestida de sol”, não se deve a um mérito seu ou ao resultado de seus esforços, mas, sim, à escolha feita por aquele que “nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo” (Ef 1,3).

Sobre o falecimento de Nossa Senhora, Dom Murilo ressalta que ignoramos como e quando se deu a morte de Maria, e mesmo se houve realmente morte. Ele lembra, por exemplo, que os orientais preferem falar da dormição de Maria, já os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Epístolas não fazem nenhuma referência a isso. “A fé nos ensina que Maria foi assunta ao céu em corpo e alma, isto é, foi glorificada de forma total e completa. Ela já é o que somos chamados a ser após a ressurreição da carne”, diz.

A Assunção de Maria, de acordo com o prelado, nos mostra o valor do corpo humano, templo do Espírito Santo. Também ele é chamado à glorificação. O arcebispo reforça ainda que nosso corpo não nos é dado para ser instrumento do pecado, para a busca do prazer pelo prazer, mas para a glória de Deus.

Dom Murilo destaca que o dogma da Assunção nos dá a certeza de que Maria alcançou a realização final, e, tornou-se, assim, um sinal para a Igreja que, olhando para ela, crê com renovada convicção no cumprimento das promessas de Deus. “Olhando para o que Deus já realizou em Maria, os cristãos animam-se a lutar contra o pecado e a construir um mundo justo e solidário, para participar, um dia, do Reino definitivo”.

Por fim, o arcebispo alerta que é preciso estar atentos a um risco: a verdade sobre a Assunção de Maria, sobre sua glorificação antecipada, pode fazer com que passemos a vê-la distante de nós, muito acima de nossa vida e de nossa realidade. O que, segundo Dom Murilo, não é verdade, pois crer na Assunção é proclamar que aquela mulher que deu à luz num estábulo, entre animais, que teve seu coração traspassado, viveu no exílio etc., foi exaltada por Deus e, por isso mesmo, está muito mais próxima de nós.

“A Assunção mostra as preferências de Deus por aqueles que são pobres, pequenos e pouco considerados neste mundo. Lembra-nos o objetivo de nossa vida: estar, um dia, eternamente, com Deus. Uma irmã e mãe nossa – irmã na ordem da criação, mãe na ordem da graça -, já está com Deus. Renova-se em nosso coração a esperança de recebermos, também, idêntico prêmio”, conclui.

 

 

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