Ao receber novo embaixador iraquiano, Papa pede respeito por direitos humanos no país
Papa disse apreciar coragem e determinação dos iraquianos para enveredarem no caminho da democracia |
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 02-07-2010, Gaudium Press) “É meu desejo mais sincero que o Iraque emirja de suas experiências difíceis da última década como um modelo de tolerância e cooperação entre muçulmanos, cristãos e outros no serviço daqueles em maior necessidade”, disse o Papa Bento XVI ao novo embaixador da República do Iraque, Habbeb Mohammed Hadi Ali Al’Sadr. Na manhã desta sexta-feira, o pontífice recebeu o diplomata no Palácio Apostólico para apresentar suas cartas credenciais.
Em seu discurso ao embaixador, o Papa disse apreciar “a grande coragem e determinação” pelas decisões dos iraquianos de enveredar em um caminho de democracia para chegar a um “Iraque mais estável e unificado”. Respondendo às palavras do embaixador, Bento XVI observou ainda a presença dos Cristãos “na terra de Abraão” e como, hoje em dia, mesmo como uma comunidade pequena do Iraque, “têm uma valiosa contribuição para fazer esta reconstrução e recuperação econômica”, com projetos educacionais e humanitários.
“Entretanto, os cristãos iraquianos precisam saber que é seguro para eles permanecer ali ou retornar às suas casas, e precisam de garantias que suas propriedades serão restabelecidas e os seus direitos preservados”, afirmou o Papa.
Por fim, Bento XVI convidou tanto cristãos quanto muçulmanos a fortalecer a determinação de “trabalhar pela paz e reconciliação” e pediu ao novo governo iraquiano que respeite cada cidadão “tanto na lei quanto na prática”.
Biografia
O embaixador da República do Iraque junto à Santa Sé nasceu em Kerbala no dia 24 de dezembro de 1951. Laureado em Língua Árabe pela Universidade de Bagdá (1974), frequentou a Escola da Reserva de Oficiais em Bagdá (1975) e, a partir de 1984, prestou serviço de reserva no exército iraquiano, atingindo o posto de Major (1991). Fez um douturado em Comunicação de Massa na Universidade Al-Hurra, na Holanda, em 2007, antes de iniciar sua carreira diplomática.
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