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"A Ad Limina foi uma oportunidade única de espiritualidade, comunhão e aprofundamento"

Roma (Segunda-feira, 21-06-2010, Gaudium Press) Em entrevista exclusiva à correspondente de Gaudium Press em Roma, Anna Artymiak, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Regional Leste 2 da CNBB e arcebispo de Belo Horizonte, fala sobre a visita Ad Limina Apostolorum dos bispos da regional ao Papa, que teve início no dia 14. Acompanhe:

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Dom Walmor, presidente da Regional 2 da CNBB, fala sobre suas impressões da Ad Limina

Gaudium Press – Sobre quais temas pastorais e sociais os bispos da Regional Leste 2 vieram falar com o Santo Padre, e nos diversos dicastérios da Cúria Romana?

Dom Walmor – A vista “Ad Limina” foi para nós verdadeiramente uma oportunidade singular de comunhão, de colegialidade e de aprofundamento de temas muito importantes. Em cada dicastério visitado mostramos a realidade da nossa região episcopal. De forma particular, mostramos aquilo que estamos fazendo pela catequese, pela educação católica, pela comunicação com os jovens, sobretudo os jovens que estão em situação de risco, também com a leitura orante da Palavra de Deus, objetivando colocá-la ao centro da vida.

A realização da Ad Limina foi também a oportunidade de um momento de espiritualidade que foi conduzido para nós por Dom Bruno Forte. E também um momento de espiritualidade riquíssimo foi aquele que vivemos no Pontifício Conselho para a Cultura, quando ali vimos, durante toda a manhã, fé, ciência, arte, cultura. Também tivemos oportunidade de ir a lugares lindos, como foi a experiência em Monte Cassino. Sobretudo, sendo 35 bispos juntos aqui em uma comunidade na Casa Romana do Clero, tivemos a oportunidade de dividir a vida, a reflexão, a oração, a amizade. Diria que estamos contentíssimos. O coração da visita “Ad Limina”, porém, é o encontro com o Papa. Na verdade, este é o momento mais importante, que nos faz recordar de quando Paulo veio de Damasco para Jerusalém para ver Pedro, e ali com aquele encontro o deu força, alegria para a missão. O último momento da visita, a coroação de toda a Ad Limina após ter estado com o Papa em audiência particular, é o encontro que fazemos todos juntos para ter a oportunidade de passar ao Papa cumprimentos fervorosos, a alegria do encontro, a nossa adesão, a certeza da nossa fidelidade neste belo caminho da missão da Igreja.

GP – Para o senhor, é a primeira visita Ad Limina como presidente da Regional Leste 2 da CNBB? Quais são as suas impressões?

Realizei a Ad Limina quando era bispo auxiliar em Salvador. Essa é, portanto, minha segunda visita Ad Limina. Posso dizer o tanto que ouvi dos bispos no que diz respeito à alegria, gratidão, apreço por toda a organização, reconhecimento por tudo o que fizemos e oferecemos. Estou contentíssimo, e não simplesmente porque a organização foi boa, com o trabalho do secretário executivo Dom Flávio Rodriguez. Mas, sobretudo também porque nós bispos voltamos para casa em missão fortificados, com o coração mais aberto e com grande coragem missionária.

GP – Para a sua arquidiocese, a de Belo Horizonte, qual mensagem do Papa o senhor levará?

Para a minha arquidiocese levarei como mensagem do Papa sobretudo a sua ternura, a sua capacidade de respeito por todas as pessoas, um comportamento belíssimo, a sua preocupação magisterial, a centralidade de Deus. Isto para mim é um exemplo paradigmático, que levo para mim e para a minha arquidiocese na alegria de continuar o caminho missionário.

GP – Como foi participar também da celebração de conclusão do Ano Sacerdotal, que coincidiu com a Ad Limina da Regional Leste 2?

De fato, fomos muito afortunados porque a Ad Limina ocorreu também durante o encerramento do Ano Sacerdotal. Estar presente aqui neste período significou muito. Em primeiro lugar, a nossa adesão ao Santo Padre, ao seu trabalho, à sua coragem profética, a sabedoria das suas palavras, o presente do Ano Sacerdotal. Significa ainda a nossa comunhão aqui com toda a Igreja, e de forma particular o nosso apreço, o desejo de qualificar sempre mais os nossos sacerdotes. Estamos convencidos de que o Ano Sacerdotal, em meio às dificuldades vividas, nos deu a abertura de uma nova etapa de formação e de qualificação para o sacerdócio. O sacerdote é um dom para a Igreja e para a sociedade.

Anna Artymiak

 

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