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Artigo: O Santo Sudário de Turim

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O Santo Sudário apresenta-se como o negativo de uma fotografia

São Paulo (Segunda-feira, 03-05-2010, Gaudium Press) “Dois milhões de pessoas se inscreveram até agora para venerar o Santo Sudário na catedral de São João Batista em Turim, norte da Itália.

Donde vem tamanho interesse em venerar esta relíquia? Obviamente por estar ligado diretamente à Pessoa do Divino Redentor, dirá alguém. É certo, mas não explica tudo. Qual é o mistério que envolve o Sudário e, consequentemente, atrai tanto a ele?

Indubitavelmente parece que o fato é devido a que se possa descobrir a face de Nosso Senhor: como é Ele?

O que mais almeja a criatura racional é saber como é seu criador – o Ser que nos deu a vida, e tirou-nos do nada! Exceção feita ao tempo dos Apóstolos, que tiveram ocasião de conviver diretamente com o Redentor, os demais ficamos na conjuntura de idealizarmos seus traços fisionômicos segundo a Tradição da Igreja e a inspiração piedosa de cada um.

E eis que, a partir de certa época, os homens passam a ter a possibilidade de contemplar como que uma fotografia de Deus encarnado! Donde parte o desejo ardoroso de poder ver com os próprios olhos como é Ele. Parece que esta é a razão fundamental do interesse despertado pelo Santo Sudário, o qual o próprio Papa foi venerar nestes dias.

É a primeira exposição da venerável relíquia ocorrida neste século; no século passado tinha sido oferecida à devoção pública por seis vezes.

Trata-se de um tecido de linho, que envolveu o precioso corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo após sua crucifixão. Uma fotografia tirada do pano, ainda no século XIX, fez aparecer a imagem de um homem conforme a representação tradicional do Redentor que até então se tinha.

O percurso da valiosa relíquia passou a ser documentado no século XIV, tendo-se a partir de então rastros de sua presença na região da Champagne, França, ocasião em que se deram as primeiras ostentações públicas. Foi a partir de fins do século XVIII que o culto à relíquia tomou mais corpo.

Posteriormente, o tecido foi adquirido pela casa de Sabóia, futura família real italiana, que favoreceu seu culto. Inicialmente transladada para Chambéry, posteriormente foi mudada para Turim. Em 1983, os herdeiros da família de Sabóia ofereceram a preciosa relíquia ao Vaticano.

O Santo Sudário apresenta-se como o negativo de uma fotografia. Por uma iluminação especial percebe-se o rastro de um homem de frente e de costas, que foi supliciado. A análise de manchas de sangue revelou um tipo de grupo sanguíneo raro, o AB.

Em 1988, uma primeira análise do tecido com carbono 14 parecia desmentir a veracidade do tecido.

Um livro de feitura recente “O Sudário de Jesus finalmente autenticado?” editado em co-autoria por um sacerdote -Jean-Baptiste Rinaudo, doutor de Estado e mestre de Conferências na célebre Faculdade de Medicina de Montpellier, França, além de engenheiro químico e doutor em química-física – e por Claude Gavach – diretor emérito de pesquisas junto ao Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França, (CNRS na sigla em francês) – corrobora bem que o pedaço retirado do Sudário naquela ocasião era parte de um dos remendos feitos no tecido após um incêndio há alguns séculos.

A veneração da Sagrada relíquia confirma-nos em nossa fé, além de afervorar nossa vida de piedade, constatando quanto sofreu por nós o Divino Redentor em sua Paixão”.

Prof. Guy de Ridder

 

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