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Papa diz que é necessário discernir sobre novos carismas apresentados à Igreja

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No final da audiência, Papa lançou apelo solidário às vitimas do terremoto na Turquia

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 10-03-2010, Gaudium Press) Dentro de seu ciclo de catequese sobre a cultura cristã da Idade Média nas audiências gerais, Bento XVI deu continuidade à reflexão sobre São Boaventura de Bagnoreggio na audiência de hoje. Depois da apresentação sobre a vida do santo na semana passada, hoje o Papa se concentrou nos ensinamentos do santo.

São Boaventura foi um estudioso da vida de São Francisco de Assis e, segundo o Santo Padre, defendia que a história não se divide em três fases, cada uma caracterizada por uma pessoa da Trindade. “A história é uma, com um perene caminho de progressão. Jesus Cristo é a última palavra de Deus, e não é preciso esperar outro Evangelho ou outra Igreja”.

Bento XVI explicou que São Boaventura, com a expressão “a obra de Cristo não cessa, mas progride”, defende a possibilidade da novidade na Igreja, já que a Palavra de Deus é inesgotável e também as novas gerações podem contribuir com “novas luzes”.

No entanto, o Papa ressalta: “São Boaventura nos ensina o conjunto do discernimento necessário, mesmo severo, do realismo sóbrio e da abertura a novos carismas doados por Cristo, no Espírito Santo, à sua Igreja. Sabemos como depois do Concílio Vaticano II alguns estavam convencidos de que tudo é novo, que há uma outra Igreja, que a Igreja pré-conciliar não mais existia (…) Graças a Deus, os timoneiros sábios do barco de Pedro – Papa Paulo VI, Papa João Paulo II – de um lado defenderam a novidade do Concílio e ao mesmo tempo, a unicidade e a continuidade da Igreja, que é sempre um lugar de graça”.

Ao término da audiência geral, Bento XVI dirigiu um apelo à comunidade internacional, de solidariedade em favor das pessoas atingidas pelo terremoto na Turquia.

“A cada um, garanto a minha oração, enquanto peço à comunidade internacional que contribua com prontidão e generosidade aos socorros”.

Além disso o Papa também expressou sua proximidade espiritual aos cristãos vítimas do massacre na Nigéria. “Mais uma vez, repito que a violência não resolve os conflitos, mas somente aumenta as trágicas conseqüências”. Bento XVI pediu às autoridades civis e religiosas para que trabalhem pela segurança e pela pacífica convivência de toda a população. Por fim, expressou solidariedade para com os pastores e fiéis nigerianos e rezou para que sejam autênticas testemunhas de reconciliação.

Ao final de seu discurso, o Santo Padre declarou, em português, aos fiéis do Brasil: “Saúdo os peregrinos vindos do Brasil e demais participantes de língua portuguesa, cujos passos e intenções confio à Virgem Mãe com votos de que esta visita em todos fortaleça e favoreça uma maior renovação do espírito. Com afeto, concedo-vos, a vós e aos vossos familiares, a minha Bênção Apostólica”.

A Prefeitura da Casa Pontifícia informou que participaram da audiência geral 9.500 pessoas, entre as quais um grupo de 45 pessoas do Brasil. Na semana passada tiveram início obras na Praça São Pedro para colocar os setores e cadeiras para os fiéis, mas devido ao tempo frio, que voltou forte à Roma, a audiência geral aconteceu na Sala Nervi.

 

 

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