“Transformar a migração em oportunidade para evangelização” pedem participantes do 6º Congresso Mundial Pastoral dos Migrantes e Refugiados
Direitos humanos de migrantes e refugiados devem ser protegidos pela Igreja |
Cidade do Vaticano (Sábado, 13-02-2010, Gaudium Press) Terminou ontem, no Vaticano, o 6º Congresso Mundial Pastoral dos Migrantes e Refugiados. Como conclusão das atividades, foi elaborado o Documento Final do congresso que, entre outras coisas, afirma que a “Igreja tem de abrir os braços para todos os migrantes independentemente da sua idade ou crença”, conforme noticiou a Rádio Vaticana.
O texto final do evento pondera ainda que a migração, que vem sendo definida como um sinal dos tempos atuais, influencia profundamente a sociedade mundial. O documento assegura ainda que “deve se colocar como prioridade na luta contra este ‘desafio multidimensional’ a centralidade da pessoa humana e sua dignidade”.
O documento aborda também a discriminação contra os migrantes e recomenda o desenvolvimento de “campanhas internacionais para combater publicamente a discriminação, a xenofobia e o racismo, além de projetos e encontros para neutralizar os medos raciais e culturais, assim como a desconfiança”.
Neste sentido, “a Igreja Católica deve assumir um papel de mediação e apoio para estas pessoas, em todas as dimensões, trabalhando como vigilante para evitar a violação dos direitos humanos”, ressalta o documento. Deve-se, desta forma, “transformar a Igreja em um ponto de encontro, sobretudo, para o jovem migrante, para neutralizar o efeito negativo da secularização, contribuindo, assim, para transformar a migração em oportunidade para a evangelização”.
Para isso, estabelece o texto, “as dioceses devem procurar promover ações concretas objetivando reduzir a crescente desconfiança recíproca entre imigrantes e refugiados e as comunidades de acolhimento”. Os bispos devem intensificar “os seus empenhos, condenando as violações dos direitos humanos dos imigrantes e sugerindo que edifícios não utilizados sejam colocados à disposição para satisfazer as necessidades temporárias de alojamento”, conclui
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