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Dom Tomasi afirma que estabilização dos preços e intuições sólidas podem ajudar pobres a vencer a fome

Cidade do Vaticano (Sexta, 01-01-2010, Gaudium Press) A necessidade de um “novo rosto”, baseado na “centralidade da pessoa” e na “liberdade e viabilidade de suas principais aspirações, em todos os mecanismos econômicos”, além da situação alimentar nos países mais pobres, foram os tópicos da declaração do arcebispo Dom Silvano Maria Tomasi, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, na 7ª Sessão da Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, ocorrida no fim de novembro na Suíça.

O arcebispo admitiu em seu discurso, divulgado somente essa semana, que “cada país tem o direito de definir seu próprio modelo econômico”, que deve sempre respeitar a dignidade de todo ser humano.

“Os interesses dos mais pobres são mais bem resguardados quando dentro das regras do sistema de comércio multilateral”, que os permite alcançar o bem comum, comentou. Porque, de acordo com o arcebispo Tomasi, o comércio multilateral e a liberalização do mesmo estimulam o crescimento econômico em todo o mundo.

O observador vaticano lembra que há em torno de um bilhão de homens, mulheres e crianças sofrendo de fome e privação. Mas os seus rendimentos são muito baixos para serem notados pelo mercado, critica. “Se o mercado não os vê, não pode responder às suas necessidades”. Mas esse bilhão não pode “ser deixado de fora do quadro”, o mercado não pode deixar que conte apenas consigo mesmo.

O arcebispo diz ainda que a razão para a fome está na falta de sólidas instituições econômicas, não na falta de oferta de comida – que, segundo ele, nos últimos 30 anos inclusive teria triplicado. O problema que deveria ser enfrentado, para Dom Tomasi, é a insegurança alimentar. O observador vaticano afirma que isso pode ser feito com investimentos e infraestruturas rurais, sistema de irrigação, transporte, organização de mercados e com o desenvolvimento e disseminação de tecnologias para a agricultura.

Ao final de seu discurso, Dom Tomasi alertou ainda que para os países mais pobres não apenas o aumento da produtividade agricultora é necessário, mas também a estabilização dos preços das commodities, que seriam menos dependente de alterações climáticas.

 

 

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