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Observador da Santa Sé na ONU pede novas políticas para regularizar imigrantes ilegais

Genebra (Quinta, 26-11-2009, Gaudium Press) O observador permanente da Santa Sé para a Organização das Nações Unidas (ONU), dom Silvano Maria Tomasi, pediu ontem, durante assembleia da 98ª Sessão do Conselho da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da qual participa, que os países adotem políticas para regularizar a situação de imigrantes irregulares. A convenção da OIM acontece em Genebra, na Suíça, e termina hoje.

Em seu discurso, o representante do Papa nas Nações Unidas disse que são necessárias políticas integradas entre as nações para enfrentar o fenômeno migratório e promover o desenvolvimento sustentável nos países dos quais essas pessoas saem em busca de melhores condições de vida. O arcebispo classificou o fenômeno migratório como “a face humana do processo de globalização em andamento”.

O observador lembrou que esse fenômeno só existe porque muitos países ainda contam com problemas sérios de degradação do meio ambiente, violações dos direitos humanos, guerras e falta de oportunidades. Segundo ele, enquanto essa realidade persistir, esse fenômeno da mobilidade também persistirá. 

“Enquanto a necessidade é o fator comum que leva as pessoas a abandonarem o próprio país e emigrar, as normas que definem o status dessas pessoas são aplicadas de maneira diferente e, em alguns casos, são ignoradas. Este é o desafio das organizações internacionais, dos governos e das sociedades civis”, ponderou, pedindo por legislações conjuntas.

Dom Tomasi chamou de “ineficazes” as políticas de controle dos fluxos migratórios e conclamou os Estados a uma “nova estratégia” legal, pedindo aos organismos internacionais que elaborem novas categorias para redefinir conceitos como “refugiado”, “migrante forçado”, “voluntário” ou “deslocado”.

 

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