Gaudium news > Dom Odilo faz balanço positivo da visita “Ad Limina”

Dom Odilo faz balanço positivo da visita “Ad Limina”

São Paulo (Quarta, 25-11-2009, Gaudium Press) De volta ao Brasil após ficar 11 dias junto aos demais bispos da Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB) em visita Ad Limina Apostolorum, o arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Schrerer, falou hoje aos jornalistas sobre este importante momento para a Igreja junto ao Papa Bento XVI.

“No dia 14 de novembro todo o nosso grupo teve o encontro coletivo com o Papa Bento XVI e neste encontro o Santo Padre leu seu discurso, que para nós foi muito importante porque o falou da necessidade de a Igreja trabalhar na formação da consciência ética, moral e da formação religiosa”, explicou Dom Odilo.

Dom Odilo disse que o recente acordo firmado entre a Santa Sé e o governo brasileiro foi um dos assuntos discutidos durante o encontro com o Papa. Segundo o cardeal, “o acordo foi objeto de referência em várias ocasiões. Na Congregação para a Educação Católica, de modo especial, o assunto foi discutido porque ali se refere às escolas católicas”.

O encontro de dom Odilo com o Papa Bento XVI aconteceu no dia 19. Junto ao cardeal estiveram presentes os bispos auxiliares da arquidiocese de São Paulo: dom Pedro Luiz Stringhini (Belém), dom João Mamede (Lapa), dom Tarcísio Scaramussa (Sé) e dom Joaquim Justino Carrera (Santana). “O Papa nos acolheu muito bem e tivemos uma boa meia hora de colóquio com ele onde o Papa perguntava e nós respondíamos sobre uma série de aspectos da arquidiocese de São Paulo, principalmente sobre a interação da arquidiocese com a sociedade”.

Dom Odilo lembra que o Santo Padre recordou a visita que fez ao Brasil em maio de 2007. “Ele sorri, ele lembra com muita alegria da visita dele a São Paulo e ao Brasil quando foi também a Aparecida para fazer a abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe”.

Durante o encontro, o Papa quis saber sobre a realidade da Igreja em São Paulo e fez uma série de perguntas aos bispos. “Ele quis saber como está a catequese, como estão os padres, também quis saber como está a infância, se há meninos de rua, se as crianças estão na escola, se na Igreja as crianças estão na catequese e como está a expectativa de futuro para a infância. O Papa também se interessou pela juventude e perguntou o que se faz em relação à juventude, à educação. Também perguntou sobre a questão da violência, além de outros aspectos como os seminários, as vocações, a vida religiosa. A pobreza na cidade de São Paulo também foi lembrada pelo Santo Padre e quis saber o que se faz em relação aos pobres. Enfim, ele quis ouvir de nós um perfil de como anda a Igreja em São Paulo”.

Dom Odilo disse que não foi feita nenhuma recomendação especial para a arquidiocese de São Paulo nem para qualquer uma das 44 dioceses que compõe o estado. Segundo o cardeal, “São 12 grupos de todo o Brasil que vão fazer a visita “Ad Limina”, que começou em setembro deste ano e vai até novembro de 2010. A cada um destes grupos o Papa faz um discurso sobre algum tema e, no final, nós teremos 12 discursos que reunirão a palavra do Papa ao episcopado brasileiro em visita “Ad Limina””.

Anchieta

Durante a visita os bispos participaram de um encontro na Embaixada do Brasil na Santa Sé sobre uma exposição sobre o Beato José de Anchieta. Também participaram o embaixador brasileiro junto a Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, o responsável pelo Programa Brasileiro e ex-Vice-postulador da Causa de Canonização de Anchieta, padre Cesar Augusto dos Santos, e o postulador-geral da Companhia de Jesus, padre Anton Witwer.

Segundo dom Odilo, foram abordados diversos aspectos do Beato José de Anchieta, muitos dos quais desconhecidos e que merecem ser mais divulgados, segundo o cardeal, principalmente agora que o tema da canonização do beato foi retomado. “A causa da canonização só segue em frente na medida em que o padre José de Anchieta for conhecido. Nós conhecemos pouco profundamente o padre Anchieta e disso me convenci depois das palestras que foram feitas”.

Dom Odilo disse ainda que ficou surpreso ao saber que o Beato José de Anchieta foi o primeiro a escrever uma gramática na língua tupi. “Ele também escrevia peças de teatro e as suas catequeses em língua tupi. A história do Brasil no século XVI deve muito ao padre Anchieta por conta dos relatos que fazia ao superior da Companhia de Jesus”.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas