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Há 15 anos falecia Irmã Lúcia, a última das videntes de Fátima

Redação (Quinta-feira, 13-02-2020, Gaudium PressO tempo parece ter passado rápido. 2005 parece ter sido ainda bem recente.
No entanto, já se passaram 15 anos que a 13 de fevereiro daquele ano falecia a última das videntes das videntes de Nossa Senhora de Fátima, Lúcia dos Santos, que na vida religiosa recebeu o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado e que é conhecida em todo mundo apenas como Irmã Lúcia.

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Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado.
Foto Santuário de Fátima

Memórias

Lúcia Rosa dos Santos nasceu em Aljustrel, no dia 28 de março de 1907.
Em suas ‘Memórias’ ela conta que já em 1915, estando com algumas amigas, pela primeira, teve visões de uma espécie de nuvem, com forma humana, em três ocasiões diferentes.

Lúcia contou também que a partir do ano seguinte, 1916, com 9 anos, ela e seus primos, os Santos Francisco e Jacinta Marto, receberam as manifestações do Anjo de Portugal.

Aparição de Nossa Senhora em Fátima

Em 13 de maio de 1917, a Virgem Maria apareceu aos três pastorinhos e, a partir de então, a vida deles se transformou completamente.

As crianças acolheram o apelo de Nossa Senhora, passaram a recitar diariamente o terço, fazer sacrifícios pelos pecadores e, durante seis meses, sempre no dia 13, comparecem ao local onde a Virgem lhes aparecia.

Interrogatórios, perseguições

Lúcia, Francisco e Jacinta passaram a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados de mentirem e inventarem os acontecimentos.

Esses interrogatórios e as perseguições não desanimaram a Fé das crianças.
Apesar de tudo, elas seguiram firmes no amor a Deus e à Nossa Senhora.

Depois de 13 de outubro Vida de Lúcia

Após a última aparição em 13 de outubro de 1917, Lúcia foi para o Asilo de Vilar, onde recolheu-se a conselho do Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva. Tinha início sua religiosa e retirada do mundo.

Em 5 de janeiro de 1922, escreveu o primeiro relato das aparições e, em 8 de julho de 1924, com 17 anos, respondeu, no Porto, ao interrogatório oficial da Comissão Canônica Diocesana nomeada por Dom José Alves Correia da Silva, sobre os acontecimentos de Fátima.

Em 1925, Lúcia ingressou na Congregação de Santa Doroteia, na Espanha, onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus.

Desejando uma vida de maior recolhimento para responder à mensagem que a Senhora lhe tinha confiado, entrou no Carmelo de Coimbra, em 1948, onde se entregou mais profundamente à oração e ao sacrifício e tomou o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado.

Foi neste Carmelo que Irmã Lúcia faleceu em 13 de fevereiro de 2005. Atualmente, seus restos mortais se encontram sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, desde o dia 19 de fevereiro de 2006.

Processo de Canonização

Três anos após a morte de Ir. Lúcia, em 3 de fevereiro de 2008, o Cardeal José Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, anunciou, no Carmelo de Coimbra, que o Papa Bento XVI tinha aceitado os pedidos do bispo de Coimbra, Dom Albino Cleto, e de numerosos fiéis em todo o mundo, para que fosse dispensado o período canônico de espera de cinco anos para abertura do processo de beatificação da vidente, autorizando a sua antecipação.

A fase diocesana do processo foi aberta por Dom Albino Cleto, em 30 de abril de 2008, e a sua conclusão foi anunciada em 13 de janeiro de 2017.

A sessão solene de encerramento do processo foi realizada em 13 de fevereiro de 2017, nove anos depois do seu início e 12 anos após a morte da vidente.

Etapas

O reconhecimento das “virtudes heroicas” é um passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade; para a beatificação, exige-se o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do venerável.

Este processo teve início em 2008, apenas três anos após a sua morte, tendo na altura o agora Papa emérito Bento XVI dispensado que se esperassem os habituais cinco anos.

A beatificação representa, na Igreja Católica, a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto diocesano e pode ser dado aos fiéis como intercessor, enquanto que a canonização e reconhecimento de santidade abre ao culto universal e o novo santo é apresentado como modelo de vida.

Atualmente, o processo de canonização de Irmã Lúcia está sob a competência direta da Santa Sé e do Papa.

(JSG)

 

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