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"Solidão interior", apesar dos meios de comunicação, diz Bispo de Fátima

Fátima-Portugal (Segunda-feira, 10-02-2020, Gaudium Press) A globalização torna-nos vizinhos, mas não nos torna automaticamente irmãos e sente-se muito a solidão, uma solidão interior, mesmo dentro das próprias famílias, quando não há comunicação, embora os contatos hoje sejam feitos de forma mais fácil, mas não há nada que substitua a relação interpessoal e Nossa Senhora consegue isso”, alertou o prelado.

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 “Fátima é um oásis espiritual:
as pessoas saem de coração cheio e em paz”
Foto Santuário

No fundo “as pessoas procuram essa expressão do carinho em falta, e esta é uma das maravilhas do acontecimento Fátima”.

“Fátima é um oásis espiritual, onde as pessoas saem de coração cheio e em paz”, e assim, o Cardeal apelou ao bom acolhimento dos hoteleiros e responsáveis de Casas Religiosas que Acolhem Peregrinos em Fátima, “para que os peregrinos possam fazer uma experiência boa”.

Estas afirmações foram feitas pelo Cardeal Dom António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, no 42º Encontro de Hoteleiros e responsáveis de ‘Casas Religiosas que Acolhem Peregrinos em Fátima’, que destacou também o centenário da criação da primeira Imagem de Nossa Senhora de Fátima, “que exerce um enorme fascínio e poder de atração”, porque “toca no coração das pessoas através da expressão do seu carinho materno”.

O vazio espiritual e o Encanto pelos pastorinhos

O bispo da diocese de Leiria-Fátima salientou ainda o centenário da morte da “Nossa Jacintinha”, e comovido, falou da pastorinha enquanto “ícone da santidade humana, muito simples, muito normal, onde todos nós nos sentimos espelhados, também nós com as nossas fragilidades, limites e pecados, sentimos a graça de Deus que nos vai transformando pouco a pouco, porque ser-se santo não é ser perfeito”.

“O encanto das pessoas pelos Pastorinhos tem origem numa certa nostalgia desta vida bela e boa, porque as pessoas hoje perderam o sentido da vida, e muitas delas andam simplesmente à procura de algo, e criam sobretudo um grande vazio espiritual”, explicou D. António Marto, fundamentando esta ideia com a “crispação” das relações entre pessoas e a “banalização da violência para resolver as coisas” porque “não há riqueza interior, não há um sentido de orientação”.

“Hoje há muita gente que não se reconhece crente mas quer vir a Fátima”, concluiu.

(

 
 

JSG)

 

 

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