Cardeal de Lisboa defende a Vida e rejeita a Eutanásia
Lisboa – Portugal (Quinta-feira, 05-02-2020, Gaudium Press) O cardeal-patriarca de Lisboa, em nota distribuída à imprensa afirmou que o tema da legalização da eutanásia “não se pode tratar de ânimo leve”, tendo em vista o debate parlamentar agendado para 20 de fevereiro na Assembleia da República.
O Cardeal assumiu a intenção de promover uma intervenção “antes, durante e depois” do debate. Foto: CEP |
Para o Cardeal Dom Manuel Clemente, que também é presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP): “A atitude correta que devemos ter é estar ao lado de quem sofre, para que essa última fase da sua vida – com tudo aquilo que os cuidados paliativos também podem e devem fazer, quando generalizados e aplicados, seja uma fase positiva”.
Debate na Assembleia
A Assembleia da República agendou para 20 de fevereiro o debate dos projetos sobre a despenalização da eutanásia em Portugal.
O Cardeal assumiu a intenção de promover uma intervenção “antes, durante e depois” do debate. Foto: CEP por considerar que está em causa “a vida, o seu significado, sobretudo quando está mais fragilizada”.
“[A despenalização da eutanásia] Pode ser episodicamente aprovada, mas nós cá estamos, como seres humanos, nesta frente comum por uma humanidade melhor”, ressaltou.
“Esta é uma questão humana, não se deve confinar esta frente pela vida ao âmbito eclesial, porque ela é humanitária e a humanidade diz respeito a todos”.
Sociedade Paliativa
Para D. Manuel Clemente, a prioridade é que a sociedade seja “toda ela paliativa”, ou seja, uma sociedade “que abriga, que acolhe, que envolve”.
“Isto é muito importante, quer no princípio da vida, quer na sua última fase”, sublinhou.
O cardeal-patriarca entende que quem é acompanhado “não quer morrer”.
“A vida tem de ser vivida em toda a sua latitude e longitude, ainda antes do nascer, na sua fase embrionária, e na sua fase final. Está é uma questão que, ou se trata na totalidade, ou fica muito maltratada”, defende o religioso,
(ARM)
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