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Índia absolve 3700 acusados de Violência Sectária, Massacres e Perseguições a Cristãos

Nova Delhi (Quinta-feira, 30-01-2020, Gaudium Press) A Suprema Corte da Índia absolveu mais de 3.700 extremistas hindus acusados de “violência sectária” pelos massacres anticristãos perpetrados no distrito de Kandhamal, no estado de Orissa, em 2008, informou a ‘Ásia News’.

Índia absolve 3700 acusados de Violência Sectária, Massacres e Perseguições a Cristãos. Foto Pixabay.jpg
A Suprema Corte da Índia absolveu mais de 3.700 extremistas hindus
acusados de “violência sectária”contra cristãos.
Foto Pixabay

De acordo com a mesma agencia de notícias, Dom John Barwa, Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, disse sentir uma “grande tristeza” pela decisão da Suprema Corte, no dia 25 deste mês de janeiro.

“Não se fez justiça. Esperamos e rezamos sempre pela justiça, para que os criminosos sejam castigados e os que sofreram possam ter uma recompensa”, disse o Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar.

“Estamos profundamente insatisfeitos. Rezamos -pede Dom John Barwa- para que os juízes avaliem com máxima atenção os casos, para evitar o que ocorreu depois: a absolvição dos acusados. Estamos muito tristes. Apresentamos novamente os pedidos para ter justiça”, disse o Arcebispo.

Dom Barwa informou que tinha pedido às autoridades que fosse criada uma equipe especial de investigação para esses processos, para os quais afirmam que não se pôde “encontrar o delito ou não era possível identificar o transgressor”.

“Nunca renunciarei a lutar por meu povo até que o último dos cristãos tenha obtido ajuda. Rezo e agradeço a todos os que nos ajudam e estão atentos a nós”, continuou o Prelado.

Depois de onze anos de prisão

O Arcebispo ainda recordou que recentemente sete cristãos acusados de assassinar o swami em 2008 foram libertados após 11 anos de prisão:

“Estou em contato com eles e sei que estão bem. Estou muito feliz por eles e, ao mesmo tempo, triste.
Como é possível que tenham passado tantos anos na prisão?”.

A absolvição da Corte: história e fatos da origem do processo

No final de 2007 e início de 2008, extremistas hindus lançaram uma onda de ataques contra a comunidade cristã: destruíram 105 igrejas, mataram nove cristãos, agrediram e estupraram muitas mulheres, queimaram 730 habitações e danificaram 40 empresas.

A segunda fase do massacre começou em 23 de agosto de 2008: os extremistas hindus mataram 120 cristãos entre os quais havia um sacerdote.

Foram destruídas 4.640 casas de cristãos e eliminada a presença deles em de 315 povoados.
Ainda destruíram 250 locais de culto e saquearam 13 escolas cristãs.

Falsos motivos justificam massacres

A onda de violência anticristã dai originada deixou como consequência o aparecimento de mais de 54 mil refugiados.

Os massacres, recorda ‘Asia News’, foram promovidos por extremistas hindus em resposta ao assassinato do swami (mestre espiritual ou guru) Laxamananda Saraswati que não foi morto por cristãos, mas por maoístas que reivindicaram o assassinato.

(JSG)

 

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