Peregrinações quaresmais aos santos lugares são iniciadas na Terra Santa
Israel – Jerusalém (Quarta-feira, 27-03-03-2019, Gaudium Press) Começaram na Terra Santa as tradicionais peregrinações quaresmais aos santos lugares. Trata-se de um itinerário de Fé animado pelos Franciscanos da Custódia da Terra Santa que se desenvolve a cada semana da Quaresma em alguns dos lugares vinculados com a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém.
A primeira etapa, que ocorreu no dia 20 de março, teve lugar sobre o Monte das Oliveiras no Santuário ‘Dominus Flevit’, que significa ‘O Senhor chorou’, e foi edificado para recordar justamente o pranto de Jesus ao ver Jerusalém.
De acordo com a tradição cristã e os Evangelhos, foi neste lugar onde Jesus, ao ver a Cidade Santa, chora e prediz sua destruição. Como se descreve no Evangelho de Mateus 24, 1-2: “Ao sair do templo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e fizeram-no apreciar as construções. Jesus, porém, respondeu-lhes: ‘Vedes todos estes edifícios? Em verdade vos declaro: não ficará aqui pedra sobre pedra; tudo será destruído'”.
Frei Ramzi Sidawi, ofm, Ecônomo da Custódia da Terra Santa, que deu início ao caminho de peregrinação quaresmal, em entrevista com o ‘Christian Media Center’, meio de comunicação da Custódia, falou sobre o que significa hoje o Santuário:
“Neste lugar estamos diante da Cidade Santa. Jesus se deteve aqui para chorar sobre a cidade. Também a nós a partir deste lugar somos convidados a submergir-nos na Semana Santa e em tudo o que é a Semana Santa: A paixão de Deus, a paixão de Jesus até chegar à Ressurreição.
O sacerdote franciscano, também se referiu à constante presença de Deus na vida de cada um:
“Deus está presente em nossa vida e sempre nos convida a caminhar com ele para chegar ao dom da vida completa. E nos deixa livres. Por isso nos dá a possibilidade de escolher e frequentemente escolhemos não caminhar com ele, mas caminhar com nós mesmos por nossa conta. Assim constata com dor que andamos por nossa conta mas tem aberta a porta, o caminho, para que possamos voltar. Nos manda sinais, nos manda convites, e estes são os sinais dos tempos que ele nos manda continuamente à nossa vida para convidar-nos a voltar e a caminhar com Ele”.
O Santuário atual, que teve a conclusão de sua construção no ano 1956, é obra do arquiteto Antonio Barluzzi que o projetou em forma de lágrima, recordando o lamentou de Jesus ao ver a cidade de Jerusalém.
A construção está sobre as ruínas de um pequeno oratório que se edificou durante os primeiros séculos da era Cristã. Em seu interior se encontra uma ampla janela atrás do altar que permite ao sacerdote celebrante e aos fiéis observar a Cidade Santa. A mesma que viu Jesus e da qual profetizou sua destruição.
Este santo lugar foi adquirido pelos franciscanos no final do século XIX, para estabelecer um lugar que recordasse justamente o pranto de Jesus diante de Jerusalém.
“Aqui nos adentramos no mistério de Deus e caminhamos com Ele até o fundo”, é o que assinalou também frei Ramzi Sidawi sobre ‘Dominus Flevit’. (EPC)
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