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Em meio ao ruído da cidade elas oram em silêncio

Itália – Roma (Quarta-feira, 16-01-2019, Gaudium Press) Para alguns é impensável o silêncio, mas para elas é uma fonte que as leva a um encontro mais próximo com Deus através da oração diante do Santíssimo Sacramento. Sem titubear, muitos afirmam que suas orações sustentam o mundo, tão convulsionado, e que pouco a pouco tende a distanciar-se dos assuntos de Deus.

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Este é o trabalho que diariamente realizam as Monjas Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento, que estão presentes em várias partes do mundo. Em Roma se encontram no Mosteiro de Jesus Sumo e Eterno Sacerdote, da via del Casaletto. Ali domina o silêncio e em constante adoração ante Jesus Sacramentado, oram pelas necessidades de todas as pessoas que lhes pedem oração.

Em entrevista com RomaSette.it, meio de comunicação da Diocese de Roma, as religiosas Adoradoras fazem referência à raiz dos males de nosso tempo: “Hoje nossa sociedade vaga pelo vazio, professa ao deus dinheiro e ao deus bem estar. Quando Deus está presente há alegria, basta pouco para ser felizes, vemos pessoas que tem tudo, mas estão vazias”, assinalou a Irmã Amore Plena, consagrada há 60 anos como Adoradora Perpétua do Santíssimo Sacramento, que acrescenta:

“Há pessoas com dotes maravilhosos, mas os perdem porque nosso tempo leva a destruir em vez de construir. Hoje não podemos amar: falta a experiência de Deus. Viver a experiência de Deus da alegria e amor. Este é o sistema de tudo. Quando no coração falta Deus, tudo se rompe. Quando está Deus a pessoa se levanta. Também para os consagrados vale este princípio: se falta Deus, a vida se faz pesada”.

Diariamente toca o telefone no mosteiro. As pessoas ligam pedindo oração com a esperança que o Senhor socorra logo suas necessidades. Sobre isso se refere a Abadessa María Caterina Orrù: “as pessoas nos pedem orações para seus filhos. Recordo uma senhora que a cada dia vinha à igreja e diante do Santíssimo pedia ao Senhor ajuda. Hoje o filho superou o problema da droga”.

Atualmente o mosteiro conta com doze monjas, das quais seis são mexicanas, duas das quais são irmãs. Das religiosas, a mais jovem é a Irmã Elisabettha, de 29 anos de idade, que conta como foi seu chamado à vida consagrada: “Escutei o chamado quando tinha 8 anos. Vi duas monjas, e seus testemunhos me impactaram. Em seus rostos havia muita alegria. A primeira vez que entrei em um mosteiro tinha apenas 10 anos. Era a mais nova e tinha dificuldades, a vida cotidiana era dura para mim. Era muito pequena, comer junto, levantar cedo, não era fácil. Saí e retornei quando fiquei mais velha. Senti que o gosto e desejo de Deus cresciam cada vez mais em mim. Me sentia plena”.

As Adoradoras do Santíssimo Sacramento, conhecidas também como monjas sacramentinas, se dedicam à vida contemplativa. Foram fundadas pela Beata Maria Magdalena da Encarnação, que era abadessa do mosteiro franciscano de Ischia de Castro. Ela teve a inspiração de Deus de fundar um novo ramo de vida contemplativa dedicado de maneira exclusiva à Adoração Eucarística. O primeiro mosteiro, fundado em Roma, se estabeleceu em 1809. A ordem foi aprovada pelo Papa Pio VII em 13 de fevereiro de 1818. (EPC)

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