£100 milhões do dinheiro da Igreja perdidos na propriedade em Londres

O Financial Times diz que a propriedade na Sloane Avenue será vendida por “cerca de £ 200 milhões” a um grupo de capital privado.

Redação (11/11/2021 11:13, Gaudium Press) O prejuízo financeiro – com a propriedade na Sloane Avenue, em Londres – é claramente visível: essa propriedade, adquirida com dinheiro da Igreja, teve um custo de aproximadamente de 350 milhões de libras esterlinas, e agora estaria prestes a ser vendida por “cerca de 200 milhões de libras” ao grupo de capital privado Bain Capital, segundo o Financial Times, ou seja, um prejuízo de mais de 100 milhões de libras, cerca de 117 milhões de euros.

E acrescentando mais drama ao prejuízo, os jornais estão enfatizando que o dinheiro gasto foi, sim, o dinheiro das viúvas – como a do evangelho – de viúvas que depositam suas poucas moedas nas esmolas das igrejas, o dinheiro dos pobres que o mundo inteiro colabora com o Pontífice quando se recolhe o Óbolo de São Pedro para a caridade do Papa.

Também se ressalta que o mercado imobiliário de Londres é desse em que investidores experientes podem fazer maravilhas: então, por que os investidores da Igreja estão perdendo essa gigantesca quantia de dinheiro? Simplesmente porque foi pago bem acima do valor real, e, nesse bom mercado imobiliário, a propriedade custava pelo menos 100 milhões de libras esterlinas a menos.

E agora isso aumenta o interesse pelo julgamento do cardeal Becciu e de outros funcionários da Secretaria de Estado, bem como de financiadores externos; um processo que já teve muitas voltas. Por exemplo, ser novamente instruído a evitar falhas processuais, ou seja, como o tribunal ordenou aos promotores que entregassem à defesa dos réus todas as atas e vídeos das acusações, mas que estas não foram entregues na íntegra? Ou como o principal acusador, Mons. Perlasca que foi chefe, por mais de 10 anos, da seção administrativa que lidava com investimentos passou de acusado a acusador?

Mas é claro que o mundo católico quer punir os responsáveis, sejam eles negligentes ou criminosos. E tudo o que pareça impedir o julgamento será uma causa de prejuízo ao prestígio financeiro da Igreja.