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Mulheres abandonam o Sínodo Alemão, que os Bispos também o façam

Neuer Anfang (Novo Começo) é um grupo formado por antropólogos, filósofos, teólogos e jornalistas católicos.

Synodaler Weg

Redação (25/02/2023 09:31, Gaudium Press) Conforme se tem noticiado, quatro teólogas que faziam parte do Caminho Sinodal Alemão tornaram público que o abandonavam, afirmando em carta aberta que consideravam que sua “participação em um processo, no qual as repetidas advertências e intervenções das autoridades vaticanas e do próprio Papa são ignoradas, significaria apoiar um curso que obviamente está levando a Igreja na Alemanha a se isolar da Igreja universal.

São elas Hanna-Barbara Gerl-Falkovitz, Katharina Westerhorstmann, Marianne Schlosser e Dorothea Schmidt.

Agora os católicos alemães da iniciativa “Neuer Anfang – Novo Começo” (um grupo de antropólogos, filósofos, teólogos e jornalistas católicos) não só elogiaram a decisão tomada por essas teólogas, mas fizeram um convite explícito aos bispos que não querem se enveredar por caminhos heterodoxos para abandonar também o chamado Caminho Sinodal Alemão.

“Essas mulheres apresentaram corajosamente o que também deveria ter sido feito há muito por aqueles bispos que não apoiam tudo isso em termos de conteúdo, mas continuam perseverando neste organismo”, destacou a iniciativa Novo Começo, que acompanha criticamente o desvio deste sínodo da Igreja alemã.

Pensando na última assembleia desse sínodo que ocorrerá agora em março,  Neuer Anfang falou de três cenários possíveis:

O primeiro cenário, “uma reconciliação de todos os envolvidos e um retorno aos ensinamentos da Igreja”, algo infelizmente improvável.

O segundo, o “mais provável”, um “cisma sujo”, tipo velado. “Neste cenário, o Caminho Sinodal adota todas as apresentações como planejado e sem contemplações, sem abordar o conteúdo das numerosas objeções romanas. A instrução de Roma de 16 de janeiro de 2023 também será ignorada e a instalação de um Conselho sinodal está sendo preparada e se institucionaliza um órgão permanente com competências não transparentes”. “Formalmente, invoca-se a crítica para agir de acordo com o direito canônico e sem obrigar ou coagir os bispos, para não permitir que um cisma se manifeste formalmente”, indicam. “No entanto, as decisões serão aplicadas no decurso de uma ‘auto-obrigação voluntária’ pelos bispos em suas dioceses”.

E o terceiro cenário, “que ocorra um cisma manifesto. Neste, todas as exigências do Caminho Sinodal, inclusive as cismáticas, são decididas e aplicadas por muitos bispos. Se depois eles se recusarem, apesar dos pedidos romanos, a retornar à unidade na doutrina e à disciplina eclesiástica segundo as diretrizes romanas, Roma reage de acordo com o direito canônico e remove os bispos.

Com informações CNA/Infocatolica

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