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O Iraque tem o direito de viver em paz e com dignidade, diz Papa na Audiência Geral

O Papa falou de sua “gratidão” pela visita, e homenageou o “povo martirizado” e a “Igreja mártir” do Iraque, onde continuam abertas as “feridas da destruição”.

O Papa falou de sua “gratidão” pela visita, e homenageou o “povo martirizado” e a “Igreja mártir” do Iraque, onde continuam abertas as “feridas da destruição”.

Cidade do Vaticano (10/03/2021, 10:50, Gaudium Press) Na Audiência Geral desta quarta-feira, 10/03, transmitida a partir da Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano, o Papa Francisco lembrou momentos de sua viagem ao Iraque, realizada de 5 a 8 de março.

Ele recordou os contatos que teve com os cristãos, com a população local e os encontros com as autoridades e representantes de várias religiões.

A guerra é o monstro que se transforma e continua a devorar a humanidade. A resposta à guerra não é outra guerra…

A Audiência Geral foi também uma ocasião para Francisco denunciar as consequências da guerra e do terrorismo, para as quais ele pediu uma resposta de “fraternidade”.

Na opinião de Francisco, “A guerra é sempre o monstro que, na medida em que os tempos mudam, se transforma e continua a devorar a humanidade. Mas a resposta à guerra não é outra guerra; a resposta às armas não são outras armas”.  E fez ainda uma pergunta: “Quem vende hoje as armas aos terroristas, que fazem atentados em outros locais, como em África, por exemplo? ”.

O povo iraquiano tem o direito de viver em paz, de voltar a encontrar a dignidade que lhe pertence

O Pontífice afirmou ainda sobre guerra e paz: “A resposta é a fraternidade. Eis o desafio para o Iraque, mas não só para o Iraque: é o desafio para muitas regiões de conflito e, definitivamente, para o mundo inteiro”, mas, perguntou ele: “Fraternidade. Seremos capazes de fazer fraternidade entre nós? ”.

Francisco ainda afirmou sobre a paz e a dignidade no Iraque: “O povo iraquiano tem o direito de viver em paz, tem o direito de voltar a encontrar a dignidade que lhe pertence”.

O Papa falou de sua “gratidão” pela visita, e homenageou o “povo martirizado” e a “Igreja mártir” do Iraque, onde continuam abertas as “feridas da destruição”.

Viagem desejada por João Paulo II

Ainda na Audiência Geral de hoje, o Papa recordou que a viagem ao Iraque era um “projeto de São João Paulo II” e que “nunca antes um Papa tinha estado na terra de Abraão”.

Para Francisco, “A Providência quis que isto acontecesse agora, como sinal de esperança, após anos de guerra e terrorismo e durante uma dura pandemia”, destacou.

Gratidão ao povo martirizado e homenagem à Igreja mártir do Iraque

O Papa falou de um sentimento de “gratidão” pela visita, e homenageou o “povo martirizado” e a “Igreja mártir” do Iraque, país onde continuam abertas as “feridas da destruição”, assinalando sobretudo, “A ocupação do Estado Islâmico que provocou a fuga de milhares de habitantes, entre os quais muitos cristãos”.

Papa aos emigrantes: “Se puderem, regressem… ”

Ao final da Audiência, o Papa deixou ainda uma mensagem aos emigrantes iraquianos, para que mantenham a esperança, e fez um pedido em forma de convite: “Se puderem, regressem”…

E concluiu com outro pedido:

“Deus, que é paz, conceda um futuro de fraternidade ao Iraque, ao Médio Oriente e ao mundo inteiro”. (JSG)

(Fotos – Vatican Media)

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